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Paranaense foge da guerra da Ucrânia após não conseguir quebrar contrato

  • Foto do escritor: JORNALE
    JORNALE
  • há 5 dias
  • 2 min de leitura

21/08/2025


Lucas Felype Vieira, de 20 anos, ficou três meses no país


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O paranaense Lucas Felype Vieira Bueno, de 20 anos, que havia se voluntariado para lutar na guerra da Ucrânia, fugiu do país após receber ordens para se deslocar para perto da linha de frente. Ele afirma que tentou quebrar o contrato com o governo ucraniano, mas o documento exigia permanência mínima de seis meses. Lucas estava no país sob a promessa de atuar no trabalho com drones.

 

Natural de Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná, o jovem contou que deixou a base militar na madrugada do dia 12 e caminhou cerca de 20 quilômetros até conseguir carona. Veja no vídeo acima.

 

“Quanto mais passavam os dias, mais eu estava perto do front, e chegou uma hora que eu estava no limite. Uma hora eu pensei, ou eu preciso agir, ou pode ser que para onde eu vá não tenha mais volta. Então, comecei a me planejar, a ver rota e decidi ir embora, porque a situação começou a ficar insustentável”, conta Lucas.

 

De acordo com o especialista em Direito Internacional, Pablo Sukiennik, o contrato que Lucas assinou é regido pela lei ucraniana e ele poderá responder por deserção.

 

"A depender do tratamento dado pela lei, poderá ocorrer um pedido de extradição", afirma.

 

O jovem, que estava no país havia três meses, relatou que começou a ser direcionado para o campo de batalha, o que, segundo ele, foi contra o combinado.

 

Segundo ele, o deslocamento até deixar a Ucrânia durou cinco dias, grande parte do trajeto foi feito a pé.

 

“A maior parte da minha jornada foi a pé [...] Foram cinco dias da viagem mais tensa da minha vida [...] Cada barreira que eu passava era um frio na barriga. Todo esse trajeto que fiz foi um tiro no escuro, eu não sabia se realmente iria conseguir sair dessa”, disse.

Lucas saiu da região de Kharkiv, no nordeste do país, e passou por Kiev (500 km) e Lviv (550 km) antes de chegar até a fronteira, a cerca de 70 km da última cidade. Foram mais de mil quilômetros percorridos em toda a travessia.

 

Ele disse que conseguiu algumas caronas nas proximidades de centros urbanos, mas enfrentou dificuldades ao tentar atravessar a fronteira.

 

“A autoridade conseguiu puxar todos os meus dados, tomei um chá de cadeira, mas no fim consegui atravessar”, diz ele.

 
 
 

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