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Governo quer terceirizar gestão de 200 colégios estaduais do Paraná

Projeto vai tramitar em regime de urgência na Assembleia, mas “comunidade escolar será consultada sobre modelo”


28/05/2024



O Governo do Paraná encaminhou para a Assembleia Legislativa o projeto de lei que pretende passar para a iniciativa privada, a partir de 2025, a gestão administrativa e de infraestrutura de 200 colégios estaduais.


A proposta vai tramitar em regime de urgência. O texto foi lido em plenário e será analisado nesta terça-feira (28) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).


Para repassar a administração ao setor privado, o governo se baseou em experiências realizadas desde 2023 no Colégio Estadual Aníbal Khury, em Curitiba, e no Colégio Estadual Anita Canet, em São José dos Pinhais, além de países como Canadá, Coreia do Sul, Inglaterra e Espanha. O governador Ratinho Junior inclusive visitou uma das unidades (FOTO) e conversou com professores e funcionários.


O modelo de gestão será feito por meio do programa Parceiro da Escola. O governo estadual garante que ele será instalado por meio de consulta pública junto à comunidade escolar, “dentro de um processo democrático”.


Os 200 colégios estaduais ficam em 110 cidades do Paraná. Eles foram selecionados por conta de indicadores educacionais, entre eles o aumento da evasão escolar.


COMO VAI FUNCIONAR

No projeto de lei, o governo afirma que a parte administrativa será cuidada “por empresas com expertise em gestão educacional”, que deverão ter atuação comprovada na área.


Em um dos artigos, o Executivo cita que “os profissionais efetivos lotados nas instituições de ensino do programa Parceiro da Escola deverão atender a critérios e metas estabelecidos pelo parceiro contratado em conjunto com o diretor da rede”.


No entanto, o texto não esclarece quais serão os critérios e metas que os profissionais deverão atender.


Conforme o projeto, “a gestão financeira de recursos do governo federal será realizada pelo presidente da unidade executora própria, levando-se em consideração o plano de trabalho do parceiro contratado”.


Com a proposta, a ideia é que “diretores e gestores concentrem esforços na melhoria da qualidade educacional”. A garantia é que professores e outros servidores públicos que trabalham nestas escolas serão mantidos.


O projeto não prevê a implantação do modelo em escolas indígenas, em comunidades quilombolas e as cívico-militares.

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