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Furacão Melissa ameaça Jamaica como 'tempestade do século' e ventos de 300 km/h

  • Foto do escritor: JORNALE
    JORNALE
  • há 26 minutos
  • 3 min de leitura

28/10/2025


Fenômeno ganhou força nas últimas horas


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O furacão Melissa, de categoria 5, deve tocar o solo na Jamaica nesta terça-feira (28) como a "tempestade do século" e com ventos catastróficos de 295 km/h, segundo meteorologistas. Este será o furacão mais forte a atingir a ilha na história desde o início dos registros, há 174 anos.

 

Três pessoas já morreram no país por conta de tempestades prévias à chegada do furacão. Segundo a Cruz Vermelha, a passagem do Melissa na Jamaica terá um "impacto massivo" e afetará ao menos 1,5 milhão de pessoas —metade da população da ilha.

 

O fenômeno cresceu rapidamente, tornou-se um furacão de categoria 5 na segunda-feira, ganhou força nas últimas horas e atingiu ventos "catastróficos" de 295 km/h, segundo boletim divulgado pelo Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos às 11h do horário de Brasília. Entenda o que é um furacão de categoria 5 e os possíveis estragos.

 

A previsão é de que o furacão Melissa toque o solo jamaicano nesta terça e atravesse a ilha, entrando pelo sudeste e saindo pelo norte, segundo meteorologistas. Às 11h de Brasília, o furacão estava localizada a cerca de 40 quilômetros da costa jamaicana e a 410 quilômetros de Guantánamo, em Cuba, e avança a uma velocidade de 11 km/h, segundo NHC. O furacão deve atingir Cuba ainda nesta terça, poucas horas após chegar à Jamaica.

 

O furacão Melissa é caracterizado como "extremamente perigoso" e vai gerar consequências que ameaçam a vida, como inundações repentinas e um aumento do nível do mar de até quatro metros em algumas partes da ilha, segundo o NHC.

 

O governo jamaicano preparou o país para receber o furacão Melissa, emitiu ordens de evacuação obrigatória para diversas regiões do país, incluindo a capital Kingston, e alertou para danos catastróficos na ilha. Cerca de 900 abrigos foram disponibilizados à população. Cuba também já começou a evacuar parte de sua população.

 

"Não existe infraestrutura na região capaz de suportar um furacão de categoria 5. A questão agora é a velocidade de recuperação. Esse é o desafio", disse o primeiro-ministro jamaicano, Andrew Holness.

 

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) afirmou que esta será a "tempestade do século" na Jamaica e estima que o Melissa pode trazer rajadas de vento que ultrapassam os 300 km/h, com inundações repentinas e deslizamentos de terra.

 

“Uma situação catastrófica é esperada. Para a Jamaica, será com certeza a tempestade do século”, disse Anne-Claire Fontan, especialista em ciclones tropicais da OMM, em coletiva de imprensa em Genebra.

 

Deslizamentos de terra, quedas de árvores e numerosos apagões foram registrados na Jamaica antes mesmo da chegada da tempestade, e autoridades da ilha alertaram que a limpeza e a avaliação dos danos serão lentas. Uma maré de tempestade com risco para a vida, de até 4 metros de altura, é esperada no sul da Jamaica, e autoridades estão preocupadas com o impacto em alguns hospitais na costa.

 

O ministro da Saúde, Christopher Tufton, disse que alguns pacientes foram transferidos do térreo para o segundo andar, “e (nós) esperamos que isso seja suficiente para qualquer elevação do nível do mar que vier a ocorrer”.

 

A tempestade já foi responsável por causar um total de sete mortes no Caribe, incluindo três na Jamaica, três no Haiti e uma na República Dominicana, onde outra pessoa segue desaparecida.

 

"Hoje será muito difícil para dezenas de milhares, se não milhões de pessoas na Jamaica. Telhados serão postos à prova, as enchentes vão subir, e o isolamento se tornará uma dura realidade para muitos", disse Necephor Mghendi, oficial do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, nesta terça.

 

“Vamos superar isso juntos”, disse Evan Thompson, diretor principal do serviço meteorológico da Jamaica.

 

Colin Bogle, assessor da Mercy Corps que atua próximo a Kingston, disse que a maioria das famílias está se abrigando em casa apesar das ordens de evacuação emitidas pelo governo para comunidades em áreas sujeitas a inundações.


 
 
 

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