Estudante do Paraná cria dispositivo que transforma garrafas PET em filamentos para impressoras 3D
- JORNALE
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01/10/2025
O projeto foi desenvolvido no interior do colégio, em parceria com a Universidade Federal do Paraná

Como dar vida nova a uma garrafa PET que seria descartada? O paranaense João Pedro Arruda, de apenas 18 anos de idade, tem uma resposta interessante. Estudante do Colégio Estadual Cívico-Militar Jandaia do Sul, no Vale do Ivaí, o jovem criou um dispositivo capaz de transformar o plástico das garrafas em filamentos para impressoras 3D. O projeto foi desenvolvido no interior do colégio, em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR).
“A ideia veio da preocupação com o meio ambiente e do interesse em impressoras 3D, cujos vídeos e matérias eu assistia e pesquisava na internet. Para mim, foi um grande aprendizado sobre ciência, sustentabilidade e trabalho em equipe”, afirma.
O filamentador, como é chamado o invento de João Pedro, funciona com um motor elétrico e um tracionador, que movimentam a engrenagem. O processo é simples: após separar um pedaço de garrafa PET, o usuário da máquina deve passá-lo em um cortador para obter tiras plásticas com 1 a 2 centímetros de largura. Depois, já com o equipamento ligado à tomada, as tiras plásticas são posicionadas em um bico extrusor, que aquece o plástico e o molda em formato de filamento.
A temperatura e a velocidade do processo, fatores que interferem, por exemplo, na espessura e na qualidade do filamento obtido, são controladas em um sistema automatizado. Por meio de uma tela, o usuário pode pausar, desacelerar ou intensificar o processo de filamentação a qualquer momento.
Os filamentos produzidos servem como matéria-prima para impressoras 3D, equipamentos projetados para imprimir materiais sólidos tridimensionais de diferentes tamanhos e formatos. No interior da impressora, os filamentos são derretidos, e o plástico líquido é moldado conforme um modelo digital.
“Já conseguimos imprimir pequenos protótipos com os filamentos produzidos e, no momento, estamos tentando melhorar a qualidade e a resistência do filamento. O próximo passo é produzir bobinas maiores, testar em diferentes impressoras 3D e automatizar totalmente a produção”, projeta o estudante.
No mundo inteiro, as impressoras 3D são utilizadas em grande escala para a produção de objetos como acessórios, utensílios domésticos, brinquedos, joias e, até mesmo, componentes industriais. No CCM Jandaia do Sul, João Pedro tem acesso a três máquinas do tipo, fruto da parceria com a UFPR, nas quais pode testar a eficácia do invento.