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Curitiba chega aos 331 anos como referência nacional em segurança alimentar e combate à fome

31/03/2024



Em meio às comemorações de seus 331 anos, Curitiba reafirma seu compromisso com a segurança alimentar e nutricional, consolidando-se como um exemplo nacional em políticas públicas para o bem-estar dos cidadãos. Com uma série de programas, a cidade tem se destacado no combate à fome e na promoção de acesso digno à alimentação para todos os seus habitantes.


No dia 19 de março, o prefeito Rafael Greca lançou, no Memorial de Curitiba, o 3º Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (Plamsan), reforçando o compromisso da cidade com a segurança alimentar.


“Nenhuma cidade do Brasil tem a estratégia de segurança alimentar de Curitiba. Nossos programas de combate à fome e acesso à alimentação barata e de qualidade são reconhecidos, inclusive, pelo governo federal”, afirmou o prefeito.


As iniciativas da área renderam também reconhecimento internacional. Participações em fóruns de países europeus, como Bélgica, Itália e Espanha, e prêmios como o 1º lugar no Fab City Awards pelas ações de segurança alimentar da cidade, além de parcerias com a FAO, Organização das Nações Unidas no Combate à fome, são alguns exemplos do reconhecimentos das políticas da Prefeitura.


Confira abaixo os programas coordenados pela Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (SMSAN).


Mesa Solidária


O programa Mesa Solidária, que já serviu mais de 1,3 milhão de refeições gratuitas até março de 2023, expandiu-se para cinco pontos na cidade, incluindo o Mesa Solidária Luz dos Pinhais, onde o catador de recicláveis Vagner José da Silva, 43 anos, encontra apoio diário. “Se não fosse o Mesa Solidária, no almoço e no jantar, não sei o que faria para comer”, conta Vagner.


São cinco pontos na cidade: Mesa Solidária Luz dos Pinhais (Centro), as Escolas de Segurança Alimentar Patrícia Casillo (Jardim Botânico/Centro) e Dom Bosco (Campo do Santana) e os mais recentes Cozinha do Centro POP Plínio Tourinho (Rebouças) e Escola de Segurança Alimentar Vila Agrícola (Cajuru). Juntos, garantem 1.100 refeições diárias para pessoas em situação de vulnerabilidade.


Armazéns da Família e Semana da Economia


Desde 2022 os Armazéns da Família celebram o sucesso da Semana da Economia, oferecendo preços acessíveis em uma variedade de produtos essenciais. A dona de casa Elisabeth Costa, 66 anos, elogia: “É uma ótima oportunidade para economizar”, diz.


Com mais de 30 anos de história, o programa Armazém da Família reúne 35 unidades que oferecem gêneros alimentícios e itens de higiene e limpeza, a preços mais baratos que no varejo comum. São mais de 350 mil famílias com renda até cinco salários mínimos da capital cadastradas no programa da Prefeitura, beneficiando um milhão de curitibanos, além de 163 entidades sociais e filantrópicas que podem fazer compras nas unidades.


Na RMC, são 13 municípios conveniados, com 15 unidades de Armazéns da Família. São quase 34 mil famílias cadastradas, beneficiando mais de 100 mil pessoas.


Banco de Alimentos


Criado em 2020, o Banco de Alimentos de Curitiba arrecadou mil toneladas de alimentos até outubro de 2023, beneficiando a população em situação de vulnerabilidade.


O vice-prefeito Eduardo Pimentel destacou a marca. “Com alegria anunciamos que completamos 1.000 toneladas arrecadadas pelo Banco de Alimentos. Isso representou um impacto de 5 milhões de refeições para pessoas em situação de vulnerabilidade.”


Vinculado à SMSAN, o Banco de Alimentos de Curitiba tem ajudado a evitar o desperdício. Ele recebe alimentos próprios para o consumo humano, mas que perderam o valor comercial (têm algum tipo de "machucadinho"). São as chamadas “xepas” de feiras, Sacolões da Família, Mercado Municipal e Mercado Regional Cajuru.


Escolas de Segurança Alimentar


As Escolas de Segurança Alimentar e Nutricional fazem parte do programa Mesa Solidária, uma iniciativa conjunta da Secretaria de Segurança Alimentar e Nutricional, Fundação de Ação Social (FAS) e Secretaria Municipal de Defesa Social e Trânsito (SMDT). Essas escolas oferecem capacitação profissional ao combinar conhecimento teórico e prático, criando oportunidades de emprego e renda para os participantes.


São cinco unidades: as Escolas de Segurança Alimentar Patrícia Casillo (Jardim Botânico/Centro), Dom Bosco (Campo do Santana), Vila Agrícola (Cajuru) e Casa Culpi (Butiatuvinha) e a Fazenda Urbana (Cajuru).


Essas instituições contam com o apoio de entidades como o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), bem como outras instituições de ensino, para oferecer cursos e capacitações relacionados à alimentação, abrangendo diversas áreas culinárias.


Graciela Milani, 43 anos, conseguiu o primeiro emprego depois que participou de diversos cursos de qualificação profissional como salgados, docinhos e bombons, onde ela aprimorou suas habilidades na gastronomia, abrindo portas para novas oportunidades.


“Eu estou muito feliz de ter o primeiro emprego, meus filhos estão mais felizes ainda comigo. Agradeço primeiro a Deus, que me abriu essa porta, e à Prefeitura, por qual tenho muita gratidão”, salientou ela.


Sacolões da Família


Obras de revitalização também foram feitas nos Sacolões da Família da Prefeitura. Pintura interna e externa, revitalização do piso e da parte elétrica foram as manutenções feitas nas unidades para garantir o acesso ao alimento fresco e saudável disponível nos Sacolões.


Foi implantado também o sistema de integração temporal para acesso aos Sacolões da Família nos terminais de ônibus Pinheirinho, Santa Cândida e Boqueirão.


Fazenda Urbana


A visão da cidade para a segurança alimentar de longo prazo materializa-se na nova Fazenda Urbana, na Cidade Industrial, inaugurada parcialmente em outubro de 2023. Em uma área de 11.000 m², a fazenda integra-se ao Parque dos Tropeiros, promovendo práticas agrícolas regenerativas.


O secretário de Segurança Alimentar e Nutricional, Luiz Gusi, enfatiza a importância do novo equipamento. “Esta Fazenda da CIC é um passo fundamental na direção da segurança alimentar e na promoção de práticas agrícolas regenerativas em Curitiba”, salienta.






O projeto de hortas urbanas teve a implementação de três novas hortas comunitárias e a revitalização de sete existentes em diferentes regiões da cidade.


A comunidade se envolve ativamente, como evidenciado por Aparecido Andrade Alves, responsável pela horta Sambaqui: “Não tem coisa melhor que isso, é muito bom. Eu passo mais tempo aqui do que em casa, faz bem pra alma e o coração.”


Foto: Hully Paiva/SMCS

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