Arrecadação por produção de petróleo, xisto e gás natural cresce 106% no Paraná
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12/05/2025
Os royalties pela exploração de recursos minerais movimentaram R$ 172,4 milhões

Os royalties da exploração de petróleo, xisto e gás natural movimentaram R$ 172,4 milhões no Paraná em 2024, um aumento de 106,7% se comparado com os R$ 83,42 milhões arrecadados em 2023. O levantamento, divulgado nesta segunda-feira (12), consta no Informe Mineral 02/2025, produzido pela Diretoria de Gestão Territorial do Instituto Água e Terra (IAT), órgão vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).
Desse valor, de acordo com a legislação vigente, R$ 104,80 milhões (60,8%) foram distribuídos para cinco municípios, os polos produtores: Araucária, com R$ 75,4 milhões (72%); São Mateus do Sul, com R$ 19,2 milhões (18,4%); Guaratuba, com R$ 7,1 milhões (6,8%); Campo Largo, com R$ 2,33 milhões (2,2%); e Pitanga, com R$ 653 mil (0,6%). O Governo do Estado arrecadou R$ 67,59 milhões (39,2%).
Araucária, Guaratuba e Campo Largo receberam os royalties por possuírem estruturas ligadas à indústria do petróleo, como terminais de tancagem e armazenamento, além de instalações de embarque e desembarque. Já nos outros dois municípios, os royalties são pela exploração de minérios, sendo eles o xisto, em São Mateus do Sul, e o gás natural em Pitanga.
O relatório aponta também que a compensação financeira pela extração de minérios como rochas carbonáticas, brita e areia foi outra área que cresceu no ano passado. A arrecadação da chamada Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) foi de R$ 36,35 milhões em 2024, um incremento de 17,7% em relação aos R$ 30,88 de 2023. Além disso, a taxa de aumento foi superior aos índices da arrecadação nacional da CFEM do mesmo ano, que cresceram em 8,4%.
Ao todo, o recolhimento da CFEM no Paraná foi verificado em 193 municípios, por 535 empresas em 1.258 títulos minerários concedidos pela Agência Nacional de Mineração (ANM). A maior parte da arrecadação (46%) ficou concentrada em seis municípios: Rio Branco do Sul, com R$ 6,34 milhões (17,5%); Campo Largo, com R$ 3,98 milhões (11%); Almirante Tamandaré, com R$ 2,28 milhões (6,3%); Adrianópolis, com R$ 1,48 milhão (4,1%); São José dos Pinhais, com R$ 1,32 milhão (3,6%); e Cerro Azul, com R$ 1,3 milhão (3,6%).
O valor arrecadado pelo CFEM é dividido entre o Governo do Estado (15%), municípios locais produtores (60%), municípios afetados pela atividade (15%) e órgãos do governo federal (10%), como a Agência Nacional de Mineração (ANM), o Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
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