6 dicas de filmes com protagonismo negro para ver em novembro
- admjornale
- há 2 horas
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10/11/2025

Em novembro, Mês da Consciência Negra, a Fundação Cultural de Curitiba traz o pesquisador, curador e diretor de cinema Gabriel Borges para indicar filmes com protagonismo negro nas telas e por trás delas. Os títulos estão disponíveis em diferentes plataformas.
As seis recomendações priorizam a produção, direção e o lucro gerado para pessoas negras, além dos elencos, valorizando narrativas importantes do cinema independente e de obras brasileiras. Veja AQUI as sugestões.
“Para essas indicações procurei escolher mais que obras com protagonismo negro. Quem dirige este filme? Quem o produz? Que economia ele movimenta e quem se beneficia financeiramente desse filme?”, explicou Borges.
Gabriel integra a organização do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, apoiado pela Fundação Cultural de Curitiba, e também a Associação de Profissionais do Audiovisual Negro (Apan). Além disso, o cineasta foi diretor de filmes ficcionais e documentais como E no Rumo do meu Sangue e Eu te Amo, Bressan.
A data
O Mês da Consciência Negra é um período de reconhecimento da cultura, história e contribuições de pessoas negras na formação da sociedade brasileira, além de relembrar a luta diária contra o racismo e a desigualdade racial. A data central do mês é o dia 20 de novembro, em homenagem a Zumbi dos Palmares, líder quilombola e de resistência contra a escravidão que foi assassinado em 1695.
Indicações de Gabriel Borges
Dahomey (2024), dirigido por Mati DiopOnde assistir: Mubi
Documentário dirigido pela multipremiada cineasta Mati Diop. Ele acompanha o processo de devolução de 26 tesouros reais do Reino de Daomé (na atual República de Benim), até então mantidos na França. O filme foi lembrado na última edição do Festival Olhar de Cinema como contra-arquivo, que são obras que contestam narrativas oficiais e resgatam memórias silenciadas de minorias ou durante períodos de repressão.
Aurora (2017), dirigido por Everlane MoraesOnde Assistir: Todesplay
Com apenas 15 minutos, Aurora retrata três mulheres negras em diferentes estágios da vida, que reinterpretam seus próprios conflitos no palco de um teatro abandonado. A Todesplay é gerida pela Apan e lá estão outros ótimos filmes de cineastas negros para toda a família. “Everlane Moraes é uma das mais destacadas cineastas do cinema negro brasileiro contemporâneo”, declarou Gabriel.
Eu, Minha Mãe e Wallace (2018), dirigido por Irmãos CarvalhoOnde assistir: Canal da produtora Heco Produções no Youtube
Vindo diretamente do Morro do Salgueiro no Rio de Janeiro, os Irmãos Carvalho têm uma das trajetórias de maior destaque dentro do cinema brasileiro contemporâneo. Em Eu, Minha Mãe e Wallace apresentam a história de uma fotografia de uma mãe, um pai ausente e uma criança.
O Dia Que Te Conheci (2024), dirigido por André Novais Oliveira
Onde assistir: Globoplay
Todos os dias, Zeca tenta levantar cedinho para pegar o ônibus e chegar na escola da cidade vizinha, onde trabalha como bibliotecário. Quando ele descobre através de Luisa que será demitido, acaba desenvolvendo um vínculo inesperado com a colega de trabalho, que se oferece gentilmente para levá-lo para casa. “Uma produtora voltada para o audiovisual negro com uma das mais interessantes filmografias do cinema brasileiro recente”, ressalta Borges.
Marte Um (2022), dirigido por Gabriel MartinsOnde assistir: Globoplay
A família Martins vive tranquilamente nas margens de uma grande cidade brasileira após a decepcionante posse de um presidente extremista. Sendo uma família negra de classe média baixa, eles sentem a tensão de sua nova realidade. Enquanto Deivinho, o filho mais novo, sonha em ser astrofísico, seu pai quer que ele seja jogador de futebol.
Racionais: Das Ruas de São Paulo pro Mundo (2022), dirigido por Juliana Vicente
Onde assistir: Netflix
Gravado ao longo de 30 anos, o documentário do Racionais MC's segue o grupo mais influente do rap nacional, desde sua criação. Mostrando a origem e ascensão do grupo, o documentário traz imagens inéditas de Mano Brown, KL Jay, Ice Blue e Edi Rock. Além de entrevistas, o documentário reforça o impacto e legado das músicas que introduziram o gênero no país, desde os primeiros shows de rap nas ruas de São Paulo.
Foto: Divulgação







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