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Arte com material reciclado em parceria com cooperativa de lixo

  • 6 de out. de 2018
  • 2 min de leitura

Conheça a história de Sandro Rodrigues, artista plástico que há 20 anos trabalha apenas com materiais reciclados

Arte com material reciclado em parceria com cooperativa de catadores de lixo

Em seu ateliê, na Rua Serra de Jairé, zona leste de São Paulo, o artista plástico Sandro Rodrigues, de 43 anos, produz peças, esculturas e paineis confeccionados exclusivamente de material reciclado. Suas obras usam desde garrafas plásticas até elementos tecnológicos, como fios elétricos e disquetes, coletados por cooperativas parceiras de seu trabalho. Nascido na periferia de São Paulo, Sandro começou a trabalhar aos 11 anos e teve problemas com álcool e drogas na juventude. Para ajudar a recuperar quem passou pelo mesmo que ele, fundou em 2004 uma cooperativa cujo objetivo era trabalhar com coleta seletiva e arte com catadores de resíduos, a Cooperativa de Arte Alternativa e Coleta Seletiva (Cooperaacs).

"No meu conceito, não existe lixo. É que as coisas estão fora de lugar ou estão sendo usadas de maneira errada", conta Sandro. "Quando eu decidi trabalhar com arte, não é simplesmente trabalhar com arte, mas trabalhar com o material reciclado." Hoje, é dono da marca Vitvalen e, desde 2001, Sandro faz a decoração de Natal do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista. Lá está sua obra mais famosa: a estátua de Dom Quixote e Sancho Pança. A obra foi criada em 2005 por Silvio Galvão, que fez os bonecos, e a Cooperaacs, criada por Sandro, criou o cavalo. Após superar experiências negativas, Sandro encontrou novas perspectivas nas atividades artísticas. "A arte resgata a humanidade das pessoas. Fez isso comigo, poderia fazer isso com outros", afirma. "O lixo também veio pra mim como metáfora, como uma coisa filosófica. A arte, que é uma coisa tão bonita, e o lixo que é uma coisa feia, que ninguém quer ver. Como é que essas coisas se casam?"

 
 
 

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