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Médium de Curitiba é acusado de abuso contra 57 homens

Acusado faltou a audiência e revoltou famílias de vítimas

O médium e presidente da Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas (SBEE), o professor Maury Rodrigues da Cruz, de 78 anos, faltou à audiência marcada para sexta-feira (22) no Ministério Público do Paraná (MPPR), em Curitiba. Ele é acusado de abusar sexualmente de 57 homens durante as sessões e trabalhos espíritas que conduzia.

Familiares, amigos e pessoas solidárias às vítimas se reuniram na frente da sede do MP com máscaras e faixas para protestar contra o médium.

A mãe de uma das vítimas disse que, ao longo das investigações, descobriu-se que uma das denúncias data de 56 anos atrás. “Se nós fizermos o cálculo, vemos que isso sempre aconteceu, mas só soubemos agora. Há relatos de que ele [o professor] dizia que havia ‘interferência de espírito’, causando medo e falando para a vítima não contar aquilo para ninguém, porque ela seria perseguida”, afirmou a mulher, que preferiu não se identificar.

De acordo com ela, os alvos do presidente eram rapazes, de diferentes idades, que frequentavam o centro espírita e haviam sido convidados para participar das sessões já como médiuns. “Havia uma manobra para mostrar que eles eram importantes dentro desse esquema e, a partir daí, eram abusados”, relatou a mãe.

Os trabalhos, que estão em fase de conclusão, correm em segredo de justiça.

Em fevereiro deste ano, a Sociedade divulgou uma nota de solidariedade ao professor, assinada por diversos médicos. O texto diz que todos os trabalhos se desenvolvem em clima de “serenidade, silêncio e recolhimento”.

“Salta aos olhos que os fatos descritos nos vídeos [de denúncia contra Maury] jamais poderiam ter lugar em sessão de Ectoplasmia da SBEE. A história neles contada não é apenas inverídica, ela é inverossímil. Nela não se pode acreditar porque seria necessário o concurso e a cumplicidade de todos os participantes dos trabalhos para que os fatos nela narrados acontecessem”, afirma a nota.

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