‘Urgente recuperar cobertura’, diz Queiroga sobre poliomielite
- JORNALE
- 8 de ago. de 2022
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08/08/2022
Segundo o ministro, a diminuição da cobertura vacinal é um "fenômeno mundial"

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um apelo neste domingo (7) a pais e responsáveis para vacinarem as crianças contra a poliomielite e disse ser “inaceitável” que ainda haja pessoas com doenças que possam ser evitáveis com imunizantes.
Em discurso durante o lançamento da campanha nacional de vacinação contra a doença, em São Paulo, Queiroga disse ser “urgente” que o país consiga recuperar as coberturas vacinais. A mobilização começa na segunda (8) e vai até o dia 9 de setembro.
O Brasil não detecta casos de poliomielite desde 1989 e, em 1994, recebeu da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem, em conjunto com todo o continente americano.
Enquanto a doença reaparece em algumas partes do mundo, a cobertura vacinal contra a pólio no Brasil está cada vez mais longe da meta de 95% das crianças protegidas.
“É premente recuperar a cobertura, é a melhor forma de protegermos a nossa sociedade”, disse ele.
Segundo o ministro, a diminuição da cobertura vacinal é um “fenômeno mundial” que piorou durante a pandemia de covid-19. Faço um apelo a todos os pais e mães, avós e avôs para que levem as crianças da sua família para as mais de 38 mil salas de vacinação do país. Não faltam vacinas, elas estão aí e elas só têm um dono: o povo brasileiro. Temos que imunizar 15 milhões de crianças contra a pólio”, disse Queiroga.
Durante o evento, realizado na avenida Paulista, região central da capital paulista, Queiroga vacinou Leonardo, 5, contra a doença. O garoto estava acompanhado do pai.
Cobertura vem caindo
A vacina inativada contra a poliomielite foi introduzida em 2012 com duas doses, mas foi ampliada para três doses em 2016. O PNI (Programa Nacional de Imunização) recomenda que elas sejam administradas aos 2, 4 e 6 meses de idade, conferindo uma imunidade que só é reforçada aos 15 meses e aos 4 anos, com as gotinhas da vacina oral. Segundo o SI-PNI (Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações, as doses previstas para a vacina inativada contra a pólio atingiram a meta pela última vez em 2015, quando a cobertura foi de 98,29% das crianças nascidas naquele ano.
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