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Suspeitos de fraudar R$ 14 milhões em licitações viram alvo da Polícia Civil

1º/08/2024


Servidores públicos e empresas teriam agido em conluio contra a Prefeitura de Santa Helena, no Oeste do Paraná



A Polícia Civil do Paraná (PCPR) cumpriu na manhã desta quinta-feira (1º) 22 mandados de busca a apreensão contra servidores públicos e empresas suspeitos de fraudar processos licitatórios no município de Santa Helena, no Oeste do Paraná. Somados, os prejuízos aos cofres públicos ultrapassaram os R$ 14 milhões, de acordo com a PCPR.


Os mandados foram cumpridos em endereços ligados aos investigados, assim como na Câmara Municipal e Prefeitura da cidade. Os nomes dos alvos não foram divulgados pela polícia.


"São licitações relacionadas a fraudes em processos licitatórios iniciados em 2017 e 2018 e que somaram cerca de R$ 14 milhões de gastos com esses serviços. Inclusive, durante a pandemia esses serviços continuaram", afirmou o delegado Rogerson Salgado, chefe do Núcleo de Combate à Corrupção da PCPR em Cascavel.


As investigações, segundo o delegado, tiveram início em 2020 com pedido de abertura de inquérito policial do Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria) do Ministério Público de Foz do Iguaçu.


As possíveis fraudes são relacionadas a contratos de prestação de serviços de preparação de atletas, serviços de arbitragem, aulas de violão, balé, viola e outras, entre 2017 e 2024, informou a Polícia Civil.


"Foi apurado que boa parte dos serviços não foram prestados, inclusive foram pagos sem a devida documentação necessária conforme previsto em edital", explicou o delegado Rogerson.


Conforme a polícia, algumas empresas em nome de laranjas e ligadas aos agentes públicos investigados se alternavam nos processos, formando um conluio para frustrar a competitividade dos certames licitatórios, afirmou a polícia.


"Além de não prestar a totalidade dos serviços e receber pela sua integralidade, também, foi possível verificar que agentes públicos ligados ao Poder Executivo e Legislativo realizavam o direcionamento das licitações para que as referidas empresas se sagrassem vencedoras e não fiscalizavam adequadamente a execução do contrato.


Os crimes apurados são: fraude a licitação, falsidade ideológica, corrupção passiva, corrupção ativa, organização criminosa e lavagem de dinheiro.


Foram apreendidos documentos, celulares e computadores que serão usados para a continuidade das investigações.


Foto: Divulgação/Divisão Estadual de Combate à Corrupção da Polícia Civil do Paraná/Deccor/PR

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