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Surto de Hepatite A em Curitiba já tem 272 confirmações e 5 mortes em 2024

Doença é transmitida para seres humanos pelo contato com fezes contaminadas


03/06/2024



Boletim epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba, divulgado nesta segunda-feira (3/6), confirmou mais 17 infecções por Hepatite A na cidade, totalizando, de janeiro a maio deste ano, 272 casos, um transplante hepático e cinco mortes em decorrência da infecção pelo vírus A da Hepatite.


A faixa etária mais predominante é masculina, 205 casos (75%), principalmente homens jovens, entre 20 e 39 anos. As mulheres respondem por 25% das confirmações, 67 casos.


A Hepatite A é uma doença infectocontagiosa transmitida aos seres humanos por fezes contaminadas. Mesmo depois de se curar, a pessoa que foi contaminada continua eliminando o vírus nas fezes por até 150 dias, o que mostra o potencial de disseminação da doença.


“A principal prevenção se dá pelos cuidados de higiene, como a lavagem das mãos e do corpo depois de utilizar o banheiro e do sexo anal, relações sexuais protegidas, além de garantir o acesso a água e alimentos de boa procedência, manipulados com as boas técnicas sanitárias”, explica a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella.


Quem já foi infectado pela Hepatite A em algum momento da vida está imune contra a doença, assim como quem recebeu a vacina. Desde 2014, as crianças até cinco anos de idade têm acesso à imunização pelo SUS, presente no calendário vacinal da infância e disponível em todas as unidades de Saúde de Curitiba. Os endereços podem ser conferidos no site Imuniza Já.


Outros públicos que também podem receber a vacina pelo SUS são pessoas com condições específicas de saúde, como candidatos a transplantes, pessoas com HIV, imunossuprimidos, entre outras situações. Nesses casos, a aplicação é feita nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE).


Sintomas

Os sintomas iniciais da Hepatite A, como fadiga, febre, mal-estar e dores musculares, podem ser confundidos com os de outras doenças virais, o que determina atenção para que seja feito o diagnóstico precoce diferencial, além de evitar a automedicação.


Segundo o diretor do Centro de Epidemiologia da SMS, Alcides de Oliveira, com o passar do tempo também podem aparecer enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia, urina escura, pele e os olhos amarelados (icterícia), sinais claros da contaminação pela Hepatite A.


“É importante que a pessoa com os sintomas iniciais procure atendimento em uma unidade de saúde ou pela Central Saúde Já – 3350-9000, antes mesmo da evolução do quadro e de aparecer a icterícia”, alerta o médico da SMS.


De acordo com Oliveira, a Hepatite A em adultos geralmente é mais grave do que em crianças, e o surto registrado em Curitiba está concentrado em adultos jovens.


“O jovem tem a tendência de minimizar sintomas e se automedicar. No caso da infecção pela hepatite A, isso pode prejudicar o fígado, que já está fragilizado pela doença, e pode ser determinante no agravamento da situação de saúde da pessoa”, explicou.`


Prevenção

Conheça as principais medidas para prevenir a contaminação pela Hepatite A:


  • Usar preservativos e higienização das mãos, genitália, períneo e região anal antes e após as relações sexuais.

  • Lavar as mãos (incluindo após o uso do sanitário, trocar fraldas e antes do preparo de alimentos);

  • Lavar com água tratada, clorada ou fervida os alimentos que são consumidos crus, deixando-os de molho por pelo menos 10 minutos;

  • Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos, frutos do mar e peixes;

  • Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;

  • Usar instalações sanitárias;

  • No caso de creches, pré-escolas, lanchonetes, restaurantes e instituições fechadas, adotar medidas rigorosas de higiene, tais como a desinfecção de objetos, bancadas e chão utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária;

  • Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto;

  • Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios.

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