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Servidora da Smelj transforma vidas com movimento, atenção e confiança no potencial do exercício físico

  • admjornale
  • há 1 hora
  • 3 min de leitura

30/10/2025


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Nesta terça-feira (28/10) foi celebrado o Dia do Servidor Público. Para marcar a data e homenagear os 27 mil servidores da Prefeitura de Curitiba, a Secretaria Municipal da Comunicação Social (Secom) preparou uma série especial de reportagens. Os textos mostram como o trabalho desses profissionais salva vidas, garante direitos, promove inclusão social e contribui para a capital paranaense ser uma cidade cada vez melhor. Quem confirma é a população atendida por eles.


Servidora da Prefeitura de Curitiba há 18 anos pela Secretaria Municipal de Esporte, Lazer e Juventude (Smelj), Rosani de Liz Piccolotto atende cerca de 220 cidadãos na Rua da Cidadania do Cajuru, em aulas de ginástica, pilates, alongamento, iniciação esportiva e volêi, tarefa de lecionar que divide com um colega.


Mas para muitos destes, Rosani ensina mais do que as regras e métodos dos esportes e exercícios, mas também a viver melhor, trabalhando além do físico, o mental e emocional.


A contadora Elisabete Ribeiro, 61 anos, é uma das alunas de pilates. Todas as terças-feiras, às 14h, elas se encontram no Centro de Esporte e Lazer da Rua da Cidadania do Cajuru para a prática. Para a moradora do Capão da Imbuia, as aulas foram uma ferramenta de reconquista de movimentos e de qualidade de vida.


Reaprendendo a viver


Elisabete descobriu um câncer de mama em abril de 2019, durante um exame de rotina. A doença a tirou do eixo, e resultou em sessões de radioterapia e em uma cirurgia de retirada do tumor do lado esquerdo do peito.


“Eu achava que ia sentir dor pro resto da vida. Tinha muita fé que ia sobreviver, mas as sequelas que o tratamento deixaram no meu corpo pareciam eternas. Eu sentia que meu braço não fazia mais parte do meu corpo, e foi com a professora Rosani que isso mudou, tenho muita gratidão”, contou Elisabete.


A constância das aulas, a atenção e método da professora foram decisivos na recuperação da aluna, que conta que leva a energia da professora Rosani consigo no dia a dia. Relata inclusive, que é a sua voz que escuta em momentos desafiadores.


“Um dia eu estava voltando para casa cansada, estava quente e longe. Eu senti muito desânimo e falei, acho que não vou conseguir andar mais. Mas, de repente, eu ouvi a voz da professora. Não foi como uma lembrança, mas sim ouvir a voz dela na minha mente. Dizia: não desista, o corpo é seu, quem manda no seu corpo é você. Então, aquilo me deu ânimo, caminhei quase 2 km até minha casa e cheguei tranquila”, lembrou Elisabete.


Vida dedicada à Educação Física


Servidora da Prefeitura há 18 anos, Rosani, 58 anos, é catarinense de nascença e se formou em Educação Física com apenas 19 anos, e logo se mudou para Curitiba. Na capital paranaense, começou a trabalhar como professora em escolas particulares, com o tempo, também passou a atuar, paralelamente, em academias.


Ao completar 40 anos, Rosani se inscreveu no concurso da Prefeitura de Curitiba, e passou de primeira. “Cheguei na prova e só tinha uma galera nova concorrendo, recém saída da universidade. Mas como eu ensinava Educação Física nas escolas, nunca parei de estudar e o conteúdo estava fresco para mim”, contou. Rosani conquistou o 14° lugar, e logo foi chamada.

Sua carreira pública iniciou no Centro da Juventude Audi União, no Uberaba, e não deve finalizar em breve. O curso para professora de pilates Rosani fez pela Smelj há quatro anos. “Eu não quero parar. Quero continuar a sentir isso, eu acredito que o exercício físico pode mudar a vida das pessoas porque testemunho isso no meu dia a dia, e é o que me motiva a continuar”, contou Rosani.


O aluno mais jovem dela é um garoto de 11 anos, do vôlei, enquanto a com mais idade é da turma de ginástica, e completou 92 anos. “Meu trabalho é desacomodar pessoas, ver alunos que chegavam desmotivados voltarem a sonhar, viajar. Quando eles voltam a se movimentar eles se transformam, e não tem como fazer parte disso sem também me transformar”, disse a professora, com orgulho.


Elisabete concorda com a ideia de sua mentora. “Eu achava que só ia começar uma atividade física para perder peso e não ser sedentária. Mas, de repente, encontrei a professora Rosani, que é maravilhosa! Sinto que a gente não vem apenas fazer pilates, e sim mudar de vida. Eu era uma pessoa antes do pilates, e outra depois”, concluiu a aluna.

 

 

Foto: Hully Paiva/SECOM


 
 
 

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