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Queiroga se nega a responder na CPI sobre cloroquina

  • Foto do escritor: JORNALE
    JORNALE
  • 6 de mai. de 2021
  • 2 min de leitura

06/05/2021


Ministro da Saúde insistiu em dizer que se trata de uma questão técnica



O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se recusou a responder sua posição sobre o uso de medicamentos sem eficácia comprovada para a Covid-19, como a cloroquina e a ivermectina. Em depoimento na CPI da Covid nesta quinta-feira 6, o ministro disse ao senador Renan Calheiros (MDB-AL) que essa é uma posição que precisa de uma análise técnica.


O tratamento é defendido pelo presidente Jair Bolsonaro e já foi motivo de demissão de dois ministros da Saúde (Mandetta e Teich).


A recusa de Queiroga abriu uma discussão entre os senadores. O ministro está na CPI como testemunha, então é obrigado por lei a falar a verdade. Esse fato, no entanto, foi questionado pelos governistas, que alegam que a opinião não deve ser uma obrigação. Segundo Queiroga, o presidente não pressiona o ministério para o uso destes medicamentos.


Protocolo

Em depoimento, Queiroga disse também que a pasta está trabalhando para apresentar “protocolos assistenciais” para o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, que já matou mais de 410 mil pessoas no Brasil. Queiroga citou protocolos que disciplinem sobre distanciamento social, mobilidade urbana e a adoção de uma política de publicidade mais “intensa” de comunicação com a sociedade sobre a doença.


“Estamos com equipe técnica trabalhando para termos diretrizes gerais para sociedade e secretarias estaduais e municipais”, disse Queiroga. O ministro da Saúde ainda destacou a necessidade de “investir fortemente na vacinação” da população, em medidas não farmacológicas, como uso de máscaras, e na adoção de medidas de testagem.


Na sua fala inicial, Queiroga disse que há um ambiente favorável para o governo dar as respostas necessárias para o enfrentamento à pandemia. Ele citou que há necessidade de reforçar o programa de imunização contra a covid-19 e que a pasta tem tido sucesso nesse trabalho. O ministro destacou que na sua gestão foi ampliado o diálogo com organismos multilaterais de saúde pública, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), para que o Brasil tenha acesso itens necessários para o combate da doença. “Relação com organismos tem sido fundamental para conseguirmos insumos estratégicos”, disse.


Queiroga, que assumiu em março como o quarto titular da pasta da Saúde no governo Bolsonaro, pediu um voto de confiança para que trabalho do ministério possa ser “aprimorado e melhorado”.


“O Brasil é o quinto país que mais distribui doses de vacina. Já temos redução de óbito para faixa etária maior”, afirmou. “Nós só temos um inimigo, o vírus, e temos que unir as nossas força para cessar o estado pandêmico”, disse o ministro da Saúde, que ressaltou que a solução para o problema da pandemia é a campanha de vacinação. “Vacina é a resposta da ciência. Brasil tem destaque especial porque é reconhecido em competência para vacinar toda a população”, disse Queiroga.


O ministro afirmou ainda que tem “poucos dias” na pasta e que, portanto, não teria condições de se ater a “todos os detalhes” que envolvem o ministério que comanda. “Não devemos aprofundar divergências e sim construir consensos. Deve ser compromisso de qualquer cidadão que assuma o ministério da saúde proteger o SUS”, disse Queiroga.

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