04/07/2024
Washington Reis, que comandou a Prefeitura de Duque de Caxias, foi alvo da segunda fase da Operação Venire

A Polícia Federal apreendeu R$ 164 mil em dinheiro vivo na residência do ex-prefeito de Duque de Caxias e atual secretário de Transportes e Mobilidade Urbana do Rio de Janeiro, Washington Reis (MDB), durante operação sobre um esquema de fraudes em certificados de vacina da Covid-19, nesta quinta-feira (4). Os investigadores também recolheram 5.700 dólares e 170 euros, além de telefones celulares e aparelhos eletrônicos.
Washington Reis foi alvo da segunda fase da Operação Venire, que apura a inserção de dados falsos de vacinação da Covid-19 nos sistemas do governo federal a partir da Prefeitura de Duque de Caxias. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), conforme apontam as investigações, é suspeito de ser um dos beneficiários desses dados falsos.
Outro alvo da operação nesta quinta é a atual secretária de Saúde do município, Célia Serrano. O objetivo da PF é identificar novos beneficiários do esquema. O irmão do ex-prefeito, o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ), já era investigado no caso.
Agora, a PF deve devolver o caso das fraudes de vacina envolvendo Jair Bolsonaro ao STF para que a PGR defina se apresenta denúncia contra o ex-presidente ou continua com as investigações apenas sobre Duque de Caxias.
Washington Reis publicou nota, em seu Instagram, dizendo que recebeu os agentes da PF em sua casa. "Como figura pública com mais de 32 anos de atuação política, estou ciente dos desafios enfrentados pelo nosso país em meio a uma polarização política intensa", escreveu. Reis classificou a operação como "covardia" em ano eleitoral.
Os advogados de Jair Bolsonaro já negaram o envolvimento dele nos dados falsos de vacina e afirmaram, na época da conclusão das investigações, em março, que o ex-presidente não ordenou as fraudes e nunca se vacinou contra a Covid-19.
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