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Pediatra desmitifica tabus sobre processo de amamentação

31/05/2021


A Dra. Patty Terrível, membro do Departamento de Aleitamento Materno, mostra quais as verdades a respeito da amamentação


Frases como “acho que o meu leite é fraco para nutrir o bebê”, “se o meu filho não tiver horário para mamar, ele vai ficar mal-acostumado” e “ele já está muito grande para mamar no peito”, são comuns entre a sociedade quando o assunto é amamentação.


Apesar de já existirem pesquisas sobre o assunto, essa ação ainda se mostra como um tabu, pois a ligação com a ideia tradicional ainda está fortemente instalada na população, mas não é bem assim que funciona. A Dra. Patty Terrível, pediatra humanizada e neonatologista, membro do Departamento de Aleitamento Materno de São Paulo, desmitifica suposições acerca desse processo e mostra como é mais simples do que parece.


“Para começar é importante falar que o leite materno possui todos os nutrientes necessários para o bebê e são poucos os casos em que a quantidade produzida não é o suficiente para alimentar, por isso, essa história de o leite ser fraco ou ter pouca quantidade é inteiramente mito. A questão do uso de fórmula para complementar a amamentação só pode ser definida depois de uma consulta com um pediatra, para saber se é realmente necessário fazer uso.”, comenta Terrível.


Outro fato que é extremamente importante de se falar é que, quanto mais tempo o bebê viver de leite materno, melhor. A Organização Mundial da Saúde recomenda o aleitamento materno no mínimo para dois anos de vida da criança. Então, não é necessário que mães se preocupem em tirar o filho do peito tão cedo, pois além dos nutrientes, o leite materno possui imunoglobulinas, que são células de defesa contra infecções respiratórias e outras doenças. Claro, que existem casos em que a mulher precisa retornar ao trabalho e não será possível realizar a ordenha, mas todo o esforço dessa mãe enquanto possível é valido, independente do uso de fórmulas, - essa desde que recomendada pelo pediatra- quanto ao aleitamento materno.


“Algumas mães não se sentem a vontade em amamentar, pois sentem algum desconforto ou ficam com os mamilos doloridos, mas isso não é nada mais, nada menos, do que falta de orientação de um especialista, por isso é extremamente importante um acompanhamento com um pediatra até mesmo durante o parto, assim o profissional consegue oferecer todo o suporte necessário, envolvendo a pega correta, a descida do leite e o dia a dia com o bebê.”, comenta a doutora.


Sobre o período noturno, como o estomago do bebê é menor, ele vai sentir uma necessidade maior de acordar durante a noite e muito ao contrário do que alguns acham, não é dengo, é simplesmente a necessidade e a forma que eles tem para se comunicar. Os pediatras recomendam que o aleitamento seja em livre demanda, para suprir a necessidade do bebê que acabou de nascer e criar o vínculo. Depois de um certo período, e com acompanhamento do pediatra para saber se está ganhando peso, cada criança irá adotar o seu próprio ritmo.


“Amamentar, além de ser um processo bem importante, por trazer nutrição ao bebê, também é um momento de interação e conexão entre mãe e filho. Esse momento contribui para o desenvolvimento cognitivo e emocional. ”, comenta a Dra. Patty.

Sobre a Dra. Patty Terrível

A Dra. Patrícia Terrível, conhecida como Patty Terrível, é uma pediatra pró-amamentação, neonatologista, formada pela universidade de Santo Amaro, Residência médica no Hospital Municipal Carmino Caricchio. Trabalha também com transporte aeromédico. Patrícia possui cursos complementares em manejo clínico de aleitamento materno, monitoria de reanimação neonatal, monitoria no método Canguru e é idealizadora do projeto Corrente de Amor pelo SUS.

Informações para Imprensa: Eduardo | (11) 94725 0137 | eduardo@edoocomunicacao.com.br Beatriz | (11) 9471 01288 | redacao@edoocomunicacao.com.br

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