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O que é Economia?

21/12/2021


Por Rodrigo Marcial Ledra Ribeiro (*)



A palavra Economia tem muitos significados.


Ao abrirmos um jornal, é comum lermos que “a Economia vai mal”, em referência ao desempenho do nosso país. Por outro lado, ao andar na rua, é comum ouvirmos que alguém está Economizando, no sentido de estar guardando dinheiro. Outras pessoas, quando escutam a palavra Economia, imediatamente pensam no mercado financeiro, nos bancos e nos investimentos. Economia, como veremos, é muito mais do que isso.


Às vezes, para entendermos uma palavra, é útil buscar a sua origem.


A etimologia da palavra Economia nos leva à Grécia Antiga, à junção das palavras ‘oiko’, que significa ‘casa’, com a palavra ‘nomos’, que significa ‘normas’ ou ‘costumes’. Para os Gregos, portanto, o estudo da Economia seria o estudo das ‘normas ou costumes da casa’. É importante lembrarmos que parte fundamental da manutenção de qualquer casa, de qualquer família, é ter uma fonte de renda – e é neste sentido que a noção antiga de Economia se aproxima da moderna.


Tanto a casa brasileira, nos dias de hoje, quanto a casa grega, há mais de dois milênios, enfrentam uma dificuldade em comum: a escassez.


Isto é, falta alimentação, falta vestimenta, falta ensino, falta saúde... e quando as necessidades mais urgentes são satisfeitas, várias outras aparecem: falta entretenimento, falta conforto, falta luxo, e por aí em diante. É neste sentido que as necessidades humanas são ilimitadas, pois há sempre algum desejo a ser satisfeito.

Com estes esclarecimentos, conseguimos entender a definição de ‘Economia’ apresentada nas faculdades e nos livros técnicos sobre o assunto, no sentido de Ciência Econômica: ‘o estudo do comportamento humano enquanto uma relação entre fins ilimitados e meios escassos com usos alternativos para satisfazê-los’. Em outras palavras, o estudo de como melhor utilizar as nossas receitas limitadas em um mundo em que as despesas podem ser infinitas.


Ao contrário dos filósofos, dos teólogos ou dos psicólogos, que discutem quais devem ser os objetivos das pessoas, os Economistas não emitem opinião sobre este assunto. Quem estuda a Economia não pretende decidir pelos outros se é melhor assistir a um jogo de futebol ou a uma novela, mas apenas presume que as pessoas tomam decisões deste tipo.


Do outro lado, não é o Economista quem decidirá quais são as técnicas mais adequadas para que um objetivo seja atingido – esta é a função do engenheiro, do médico, do advogado, ou de qualquer outro profissional técnico. Por exemplo, caso o meu desejo seja construir uma varanda para minha casa, será um engenheiro, não um Economista, que definirá se devo erguer duas ou três colunas para que ela bem se sustente.


Chamamos um Economista quando são múltiplas as necessidades e os recursos escassos podem ser utilizados de forma alternativa.

Por exemplo: em uma pequena comunidade, em uma ilha isolada, o pouco cimento disponível deve ser usado para construir uma escola ou um hospital? Quem deve tomar esta decisão, as famílias ou a prefeitura?


De forma um pouco mais abstrata, poderíamos nos perguntar: como satisfazer o maior número de necessidades com os recursos disponíveis? Como ampliar a disponibilidade de recursos para uma população? O que o dinheiro tem a ver com a satisfação das necessidades?


São perguntas como estas que o Economista pode responder!


O estudo da Economia nos ajuda a compreender o mundo em que vivemos, nos torna mais perspicazes em nossa atuação profissional e nos ensina quais são os verdadeiros potenciais e limites da política.


Nos próximos meses, voltaremos a tratar de assuntos Econômicos nesta coluna, mas se você se interesse em buscar mais informações sobre a matéria, o Instituto de Formação de Líderes de Curitiba está de portas abertas para recebê-lo(a). Em 2022, promoveremos palestras, debates e artigos, não somente sobre Economia, mas também sobre Liberalismo, Gestão e Liderança. Faça parte!


(*) Rodrigo Marcial Ledra Ribeiro é Professor de Ciências Jurídicas e Econômicas na FAE Business School e na ESIC Internacional, Sócio-Diretor da MedHealth Planos de Saúde e Diretor de Eventos do IFL Curitiba.


Ilustração: Pikisuperstar (www.freepik.com)



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