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Nos canteiros das grandes obras, histórias de trabalho e transformação em Curitiba

  • admjornale
  • há 17 minutos
  • 3 min de leitura

05/11/2025


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Por trás das máquinas e do barulho das grandes obras que preparam Curitiba para o futuro, há histórias de vida, oportunidades e superação. Nos canteiros do Novo Inter 2 e do BRT Leste Oeste, profissionais de diferentes áreas e origens encontraram emprego, aprendizado e novas perspectivas.

É o caso de trabalhadores, jovens aprendizes e comerciantes que viram nas obras a chance de crescer junto com a cidade.


De volta para casa


No bairro Mercês, onde estão em andamento as obras do Lote 5 do Novo Inter 2, a segurança das equipes e o cumprimento das normas de trabalho ficam sob a responsabilidade de Glauco Carrazzoni, técnico de segurança do trabalho da empresa O Betacem, responsável pela execução do trecho de cerca de 5 quilômetros.


Depois de anos atuando em obras em outras cidades do Paraná, Glauco encontrou no Inter 2 a oportunidade de voltar a trabalhar em Curitiba e ficar mais perto da família.

“Trabalhar nas obras do Inter 2 é uma grande conquista na minha carreira e uma alegria pessoal. Depois de atuar em outras cidades, poder trabalhar na minha própria cidade, dormir em casa com minha família e participar de uma obra desse porte, que vai ficar eternamente marcada na minha carreira e na minha profissão é gratificante”, afirmou Glauco.

Segundo o técnico, o projeto tem gerado emprego e movimentado o setor. “A obra abriu muitas oportunidades de trabalho. Temos colegas de cidades do Paraná, como Faxinal e Antonina, e até de outros países, como Venezuela e Cuba. São pessoas que conseguiram se requalificar e ingressar no mercado por meio dessa obra, que tem trazido benefícios para muita gente”, destacou Glauco.


Diversidade e oportunidades


Para o venezuelano Luiz Eduardo Vasque, que está há seis anos em Curitiba, trabalhar para a empresa contratada para as obras do Novo Inter 2 é a possibilidade de manter a família vivendo com qualidade em Curitiba.

“Representa muito para mim porque é uma oportunidade de trabalho, de poder manter minha família sem falta de comida. Estou muito agradecido que a empresa me deu a oportunidade de trabalhar”, disse Vasque, que é pedreiro na obra.


Segundo o trabalhador, além do sustento da esposa, da mãe e dos filhos, o emprego também serviu para que ele vencesse o desafio de aprender o novo idioma.

 “As pessoas quando passam por aqui não têm essa noção do impacto que além da transformação da infraestrutura tem esse impacto da geração de renda, de trabalho”, completou Vasque.

Menor aprendiz


A obra que está preparando as ruas do bairro para a circulação dos ônibus elétricos fez Carolina da Silva, de 17 anos, ter seu primeiro emprego formal. Foi contratada pela empresa como menor aprendiz e se orgulha em ter salários, registro em carteira e muitas oportunidades de aprendizado.

“Estou aprendendo bastante em tantas as áreas que acho que vai ser muito bom para o meu futuro, além de ser meu primeiro trabalho registrado. Já tinha trabalhado antes, mas informal”, contou Carolina que dá apoio aos engenheiros na parte administrativa.

Reflexo no comércio


Enquanto muitos moradores do Mercês ainda se acostumam com as mudanças provocadas pelas obras do Novo Inter 2, como bloqueios, desvios no trânsito e o vaivém constante de máquinas e equipes, o comerciante Matheus Telles, dono da tradicional Banca Mercês, encontrou na transformação da região uma oportunidade de crescer.


No ponto localizado no cruzamento das ruas Marcelino Champagnat e Alameda Presidente Taunay, Matheus ampliou o cardápio da banca, que antes vendia apenas revistas e pequenos lanches. Além de revistas e livros, passou a oferecer salgados, sanduíches e bebidas quentes, e rapidamente se tornou o endereço preferido dos trabalhadores da obra para o café da manhã e o lanche da tarde. O resultado veio rápido: o faturamento aumentou e hoje são mais de 70 lanches vendidos por dia. O comerciante também tem à disposição dos fregueses peças de roupas e calçados.

“Ah, essas mudanças são boas, né? As renovações da rua ajudam no comércio, mas, logicamente, durante o período sempre vai haver transtornos. Mas nós damos um jeito de se reinventar. Às vezes fazendo mais barato, negociando, vendo quem está na região, o que é melhor. Não adianta ficar brabo porque não vai surtir efeito”, disse Telles.


A adaptação feita pelo comerciante foi gradativa e surtiu efeito. “Quem mora na região está acostumado com um certo nível de preços, mas quem trabalha na obra não tem condição de comprar coisas muito caras. Então incluí na banca os lanches”, contou Matheus.

 

 

Foto: José Fernando Ogura/SECOM


 
 
 

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