05/09/2023
Se a previsão para o feriadão da Independência é de tempo nublado de fim de inverno em Curitiba, a programação indica "praia” para quem gosta de artes visuais ou de curtir espetáculos em auditórios.
Os museus do Estado na capital paranaense estarão de portas abertas com dezenas de exposições.
As instituições funcionam normalmente de quinta a domingo e fecham na segunda, dia tradicional de manutenção.
A entrada nos museus é gratuita, com exceção do Museu Oscar Niemeyer (MON), cujos ingressos custam R$ 30 e R$ 15 (meia). No MON, os destaques são exposições de Bispo do Rosário, Túlio Pinto, Leila Pugnaloni e Poty Lazzarotto; no MUPA, a imersão passa pelo trabalho de Claudia Andujar com o povo Yanomami e a obra do artista paranaense Lange de Morretes; no MIS-PR, uma das principais mostras é "Memórias da (r)existência LGBTI+ no Paraná"; e no MAC-PR é possível conhecer o trabalho do carnavalesco André Malinski.
Já os auditórios do Centro Cultural Teatro Guaíra têm três opções para diferentes gostos e idades. No esquenta do feriado, na quarta (6), a Orquestra de Cordas do Iguaçu apresenta a obra "Clássicos do Sertanejo". Já o Miniauditório recebe um espetáculo que narra a história da mulher através do tempo.
A Biblioteca Pública do Paraná e o Centro Juvenil de Artes Plásticas, também equipamentos culturais do Governo do Estado, fecham a partir de quinta e retomam na segunda-feira em horário normal.
Confira a programação completa:
CENTRO CULTURAL TEATRO GUAÍRA (CCTG)
Guairão
"Clássicos do Sertanejo" – A Orquestra Cordas do Iguaçu é composta por músicos talentosos e comprometidos em busca de emocionar públicos de todas as idades. Para este concerto mais uma lista de sucessos, como “Boate Azul”, “Evidências”, “Saudade da minha terra” e diversos outros inesquecíveis. O concerto acontece na quarta (6), às 21h, e os ingressos estão disponíveis a partir de R$ 80 (meia-entrada) na plataforma Deu Balada.
Guairinha
Frankinh@ – Uma História em Pedacinhos – É um espetáculo para crianças inspirado nas personagens e situações da obra Frankenstein, de Mary Shelley. As apresentações são gratuitas e ocorrem na quinta e sexta (7 e 8), às 16h.
Miniauditório
"Luna de Sangre" – O espetáculo narra a história da mulher através do tempo. Em cena apresentam-se criaturas místicas, lendas folclóricas, memórias de mulheres antigas, filhas, mães e avós. A temporada é de 5 a 24 de setembro, no auditório Glauco Flores de Sá Brito (Miniauditório). De terça a sexta, às 20h; neste sábado, às 20h; e domingo, às 19h. A entrada é gratuita, sem a emissão de ingressos. Sujeito a lotação do espaço.
MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA – MAC PARANÁ
“André Malinski no Céu” – A exposição na sala 9 do MAC no Museu Oscar Niemeyer (MON) apresenta dezenas de obras do multiartista, pesquisador, performer e carnavalesco André Malinski. O título da mostra, “André Malinski no céu”, é uma referência a um projeto inédito, recuperado, que ele não conseguiu realizar em vida, e que o público pode agora conhecer. A coleção pessoal de André foi doada pela família ao MAC Paraná e é trazida pela primeira vez ao público após a musealização.
“Reforma: formas de ver” – Reúne trabalhos de mais de 50 artistas contemporâneos, promovendo uma reflexão sobre representatividades, visibilidade, reparações, descentralizações e novas histórias da instituição. Uma ótima oportunidade para conhecer mais de perto o acervo do Museu de Arte Contemporânea do Paraná. A mostra estará em cartaz na sala 08 do MAC no MON.
MUSEU CASA ALFREDO ANDERSEN – MCAA
“Acervo Andersen” – O museu é a casa de uma inestimada coleção do pai da pintura paranaense, contendo, além de pinturas, objetos do artista e seu ateliê original. Dentre as obras estão retratos, cenas cotidianas e paisagens naturais do pintor norueguês.
“Pintura + Docência” – Com a curadoria de Marcelo Conrado, a mostra exalta a pintura das professoras-pintoras Dulce Osinski, Juliane Fuganti, Mazé Mendes, Rossana Guimarães e Teca Sandrini, e dos professores-pintores Alfredo Andersen, Fernando Calderari, João Osório Brzezinski, Ricardo Carneiro e Ronald Simon.
“Ciclo Contínuo” – Essa obra têxtil de Eliana Brasil evoca a busca da identidade, herança e ancestralidade africana, negra e quilombola, num tempo não linear, revelados na tentativa de refazer pontos perdidos na história. Processos interrompidos no passado são agora reconstruídos por meio de emendas e nós atados.
MUSEU DA IMAGEM E DO SOM – MIS-PR
“Sinestesia dos Objetos” – Qual é o tamanho do espaço que os objetos ocupam em nossas vidas? Nessa exposição, a curadoria do acervo tridimensional do museu se envolve em histórias, sensações e gerações, passando pela fotografia, televisão, cinema, rádio e disco.
“Memórias da (r)existência LGBTI+ no Paraná” – Em parceria com o Cedoc LGBTI+ do Grupo Dignidade, a exposição explora narrativas que abrangem o discurso médico, os movimentos sociais, a luta contra o HIV, a produção cultural e artística e muito mais. Essa mostra é uma celebração de conquistas e desafios enfrentados pela comunidade.
Sala FotograMe-se – Um espaço interativo criado para despertar a imaginação dos visitantes, que incentiva a experimentação fotográfica do local.
MUSEU PARANAENSE – MUPA
“Claudia Andujar: poéticas do essencial” – Desde a década de 1970, o trabalho da fotógrafa e ativista Claudia Andujar com o povo Yanomami foi fundamental para a demarcação da Terra Indígena Yanomami no Brasil. Na mostra, os visitantes poderão conferir de perto trabalhos realizados ao longo das décadas de 1970 e 1980, de coleções importantes da carreira da fotógrafa, que registram temas como a vida comunitária nas aldeias, a floresta, os rituais e crenças do povo Yanomami. Na série “A Casa” (1970 – 1976), por exemplo, vemos o dia a dia do convívio comunitário, como os momentos de descanso e de preparo do alimento.
“Vidro” – A mostra de curta duração disponível no Espaço Vitrine faz parte de uma série de propostas performáticas idealizada pelos artistas Antonio Gonzaga Amador e Jandir Jr, que sob o nome fictício Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda, e trajados com uniformes de segurança, abordam questões relacionadas à ligação entre instituições de arte e os profissionais de segurança que trabalham cotidianamente em suas salvaguardas.
“Mejtere: histórias recontadas” – “Mejtere: histórias recontadas” é uma exposição de longa duração, resultado de projeto de curadoria compartilhada entre a instituição e indígenas. A mostra reverbera uma pluralidade de vozes deste povo, que refletem novas perspectivas sobre as coleções etnográficas do museu a partir do encontro do grupo de estudantes indígenas com o acervo do MUPA. A mostra tem curadoria de Robson Delgado (Baré), Ivanizia Ruiz (Tikuna) e Camila dos Santos (Kanhgág), acompanhada pela equipe do MUPA formada por Josiéli Spenassatto e Giselle de Moraes.
“Lange de Morretes: entre-paisagens” – Com curadoria de Marco Baena, a exposição apresenta um significativo conjunto de obras do artista paranaense Lange de Morretes, como pinturas, desenhos de paisagens e autorretratos, além de materiais relacionados às suas investigações científicas.
“Ante ecos e ocos” – A mostra de longa duração apresenta a cultura afro-brasileira por meio de um recorte mais local, abrangendo as heranças africanas no Paraná, a partir de objetos que integram o acervo do MUPA.
“Nosso estado: Vento e/em movimento” – Formada por dois eixos: Deslocamentos por dentro e Deslocamentos pela margem, a exposição propõe um mergulho na história de algumas das diversas comunidades que formaram o Estado do Paraná por meio de vídeos-depoimentos que se relacionam com objetos do acervo do museu.
“Ephemera/Perpétua” – Com caráter amplamente multidisciplinar, a exposição traz mais de 180 peças do acervo do Museu Paranaense, um dos mais importantes da América Latina nos campos da antropologia, arqueologia e história.
“Eu Memória, Eu Floresta: História Oculta” – A mostra apresenta a erva-mate a partir de eixos como os usos e saberes da planta dos povos indígenas do Sul do Brasil, seus primeiros locais de cultivo, o beneficiamento artesanal por pequenos produtores e aspectos ligados à representação científica e artística da natureza feitas por viajantes estrangeiros e pesquisadores.
“Conflitos Armados no Paraná” – Na exposição, o visitante pode tomar contato com a Guerra da Tríplice Aliança, a Revolução Federalista e o Movimento do Contestado por meio de objetos, fotografias e documentos do acervo do MUPA.
“Numismática e cultura material: Coleções do Museu Paranaense” – Ao longo de sua trajetória, o Museu Paranaense se destacou como bastião da vanguarda científica, criando coleções de estudos que auxiliaram gerações e pesquisadores e permitiram à sociedade paranaense conhecer seu passado e compreender os desdobramentos na contemporaneidade. Entre tais coleções destacam-se as numismáticas.
MUSEU OSCAR NIEMEYER – MON
“Buraco no Céu” – Na exposição inédita do artista Túlio Pinto, realizada pelo Museu Oscar Niemeyer, são 32 esculturas e instalações espalhadas pelo espaço expositivo do Olho e pelo Espaço Araucária. As obras trazem para diálogo materiais de diferentes valências, materialidades e naturezas, colocando em questão as categorias de ordem e funcionalidade.
"Perpétuo Movimento" – Norma Grinberg apresenta seu trabalho, pesquisa e experiências no campo da arte cerâmica. O percurso do amorfo à forma mais sofisticada é orquestrado pela razão e pela alma. Neste caminho, o barro é transformado pelo trabalho manual, pelas ferramentas, pela química, pelo fogo, subordinados à sensibilidade da artista. Na sala 3.
“Sonoridades” – Com mais de 100 obras, a exposição "Sonoridades de Bispo do Rosário" coloca o legado do renomado artista em diálogo com outros que tiveram seus processos criativos influenciados por ele. Em cartaz na sala 6, é possível perceber que obras como instalações, objetos, colagens, assemblages e estandartes, características de Arthur Bispo do Rosário, dialogam com a obra visual de Antônio Bragança, Stella do Patrocínio, Leonardo Lobão, Paulo Nazareth, Marlon de Paula, Rick Rodrigues, Eduardo Hargreaves, Fernanda Magalhães e Guilherme Gontijo Flores.
“Serguei Eisenstein” – Conheça o universo de um dos diretores mais influentes e pioneiros do cinema na exposição "Serguei Eisenstein e o Mundo". Disponível na sala 11, a mostra conta com desenhos de cenários, figurinos e personagens, além de esboços, trechos de filmes projetados e objetos de diversas culturas que influenciaram Eisenstein, como as culturas pré-colombianas e o teatro Kabuki do Japão. Entre esses objetos, há obras do acervo de arte asiática e de arte africana do MON, o que torna essa exposição única.
“África” – O Museu Oscar Niemeyer realiza a segunda edição da exposição “África, Expressões Artísticas de um Continente", composta por um recorte da grandiosa coleção de objetos de arte africana do século 20, doadas ao MON pela Coleção Ivani e Jorge Yunes em 2021. Nesta fase, além das peças do acervo, a mostra exibirá obras de seis artistas brasileiros, o que motiva seu novo título: “África: Diálogos com o Contemporâneo. Na sala 4.
“O Mundo Mágico dos Ningyos” – A exposição “O Mundo Mágico dos Ningyos”, uma realização do Museu Oscar Niemeyer (MON), apresenta ao público uma coleção de bonecos japoneses que fazem parte do acervo de arte asiática formado por mais de 3 mil peças e doado recentemente pelo embaixador Fausto Godoy ao MON. Na sala 10.
“Tela” – A mostra individual de Leila Pugnaloni, realizada na sala 07 do MON, reúne 131 obras. Dividem o espaço cores e pinturas em grande escala, desenhos em nanquim e intervenções nas paredes da sala expositiva. A exposição tem curadoria de Marco Antonio Teobaldo e revela pesquisas recentes da artista, bem como um histórico de Leila com fotografias, publicações e materiais gráficos de exposições passadas.
“Poty, entre Dois Mundos” – Com curadoria de Maria José Justino e assistência de curadoria de Juliane Fuganti, a exposição traz um recorte da maior coleção já doada à instituição, com aproximadamente 4,5 mil obras.
Possibilita ao público perscrutar um Poty ambivalente: a experiência mística e transgressiva, a contemplação e os sentidos, o amor divino e o carnal narrados por belas imagens.
“Ásia: a Terra, os Homens, os Deuses” – Com curadoria do professor e diplomata Fausto Godoy, doador da coleção asiática ao museu, a mostra traz obras nunca antes expostas, com o objetivo de alcançar públicos ainda maiores e democratizar cada vez mais o acesso ao acervo. Sala 05.
“Sou Patrono” – As 78 obras de arte adquiridas nos últimos anos com recursos do patronato pelo MON podem ser vistas pelo público. Sala 02.
“MON sem Paredes” – O inédito projeto “MON sem Paredes – Artistas Conquistam os Jardins do MON” traz obras dos artistas Gustavo Utrabo e Mariana Palma que ocupam pela primeira vez o icônico espaço de área verde ao lado do museu, chamado de Parcão. A proposta e a curadoria do projeto são de Marc Pottier.
Foto: Kraw Penas/SEEC
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