05/10/2023
O Museu Oscar Niemeyer (MON) vai promover o projeto “Antes e Agora, Longe e Aqui Dentro”, que propõe uma imersão no acervo da instituição com o objetivo de gerar conteúdo para o setor Educativo. A coleção permanente do MON conta atualmente com 14 mil obras de arte.
Para dar início à proposta será realizado um seminário, nos dias 16 e 17 de outubro, no auditório Poty Lazzarotto, com a presença da artista e pesquisadora Glicéria (Célia) Tupinambá e do crítico de fotografia e pesquisador do campo da cultura visual, Ronaldo Entler.
O projeto é uma pesquisa no acervo do Museu que será desenvolvida pela professora e curadora Galciani Neves e pelo setor Educativo, que culminará com uma inédita exposição de obras da coleção permanente do MON.
A diretora-presidente do Museu, Juliana Vosnika, explica que metade das exposições realizadas apresenta obras do acervo, que quintuplicou de tamanho nos últimos anos e vem sendo cada vez mais valorizado. O projeto “Antes e Agora, Longe e Aqui Dentro” faz parte da ampla proposta educativa do Museu.
“O MON é um espaço vivo de diálogo, pesquisa e constante troca entre profissionais dos setores artístico e educacional com o público”, diz Juliana. “Esta nova proposta culminará com uma inédita exposição de obras do acervo, o que torna a rica coleção permanente cada vez mais acessível ao visitante”.
A atividade tem como foco o acervo do MON. Seis artistas, com obras presentes na coleção permanente da instituição, foram selecionados para serem eixos do projeto. São eles: Cícero Dias, Miguel Bakun, Amelia Toledo, Efigênia Rolim, Rosana Paulino e Gustavo Caboco.
A partir de uma ampla pesquisa, foram escolhidas aproximadamente 100 obras produzidas por 40 artistas do acervo. São trabalhos considerados relevantes tanto para o contexto de produção artística da cidade de Curitiba quanto para a história da arte do Estado do Paraná e do Brasil e que, assim, tentam celebrar a diversidade do acervo e sua importância.
A proposta do seminário será gerar conteúdo educativo para o Museu, a partir de um mergulho em seu rico e diverso acervo. Para isso, o conceito do projeto utiliza o fundamento da “muvuca” (técnica de plantio ancestral), que restaura matas, pois se vale de adubo natural e da mistura de sementes.
“Os significados da palavra ‘mvúka’ articulam um modo de aproximar trabalhos de artistas, tempos de produção e linguagens distintas e propõem uma convivência diversa entre obras de arte e modos de pensar o mundo”, explica Galciani. “Dessa maneira, assim como na ‘mvúka’, a seleção das obras constituirá uma atmosfera expográfica complexa, diversa e de intensidade de experiências. Muitos modos de produzir, de pensar e compartilhar questões estéticas, éticas, políticas, sociais e culturais dialogarão entre si e atuarão polifonicamente”.
Foto: Eduardo Macarios
コメント