Guapimirim estimula turismo consciente e pequenos produtores
- admjornale
- 23 de abr. de 2023
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23/04/2023
Cânion de Iconha e a Cachoeira da Concórdia se destacam nas atrações

Um município do Rio de Janeiro com cerca de 70% de seu território em área de preservação ambiental tem conquistado a atenção de turistas e pequenos produtores. Localizada a 74 km da capital fluminense, Guapimirim tem estimulado o turismo consciente para evitar que o movimento de pessoas tenha efeito negativo na região.
Segundo o secretário Municipal de Turismo, Mário Seixas, áreas como o Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso), o Cânion de Iconha e a Cachoeira da Concórdia se destacam nos projetos de ecoturismo.
“Eu falo muito da responsabilidade do trabalho que a gente tem. Não podemos errar na mão da promoção dos nossos atrativos naturais. O turista que a gente convida tem que ser responsável, consciente. A gente sabe que tem que fazer o trabalho de casa e é uma ação conjunta aqui dentro de conscientização e também de atrair turistas que possam manter aquilo que a gente tem de maior e melhor que é o nosso patrimônio natural”, relatou.
Pequenos empreendedores reforçam a busca por qualidade e de respeito ambiental na região. “A marca da cidade traz o aspecto verde que a gente tem”, disse o secretário, mostrando a lata de uma cerveja artesanal produzida na cidade e vendida na Rota Cervejeira, projeto que inclui ainda as cidades de Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo e Cachoeiras de Macacu.
O produtor de cervejas artesanais Bruno Diniz dos Santos, de 38 anos, deixou a Ilha do Governador, na zona norte do Rio, para morar no município de Magé, ao pé do Parnaso.
“Quando eu me mudei para cá tive uma experiência meio transformadora na minha vida e percebi que o maior ativo que tinha aqui era a água muito diferenciada. A gente tem uma água natural sem tratamento algum, pura diretamente da natureza, da Mata Atlântica” disse. Segundo ele, a água pura da região é um dos elementos principais elementos da produção da cerveja artesanal.
Como autodidata, se dedicou a pesquisas e a fazer cursos. A ideia era fazer cervejas diferentes entre elas. Bruno compara a experiência, que considera uma terapia, com a culinária que também gosta muito. “É uma forma de ter cuidado com outras pessoas”.
O produtor, no entanto, não pretende comercializar seu produto. “Na verdade, sou cervejeiro caseiro e não tenho ideia de comercializar nada. O que eu gosto de fazer mesmo são experiências com pessoas e poder beber cerveja. Sou administrador e empreendedor, mas infelizmente não vejo um caminho se não for industrial, então, para mim é só a experiência, assim como cozinhar que eu adoro. É mais um hobby”, pontuou.
Foto: Tania Rego/Agência Brasil
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