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Governo liberará mosquitos geneticamente modificados para combater dengue

02/05/2024

Seis municípios de médio porte receberão os mosquitos



Diante da rápida escalada de casos de dengue em todo o Brasil, o governo federal vai investir em mais liberações de mosquitos Aedes aegypti geneticamente modificados portando a bactéria Wolbachia. A previsão é que ao menos 28 municípios recebam levas do inseto transmissor até o ano que vem.

 

Segundo o ministério, em julho, novos lotes do Aedes modificado serão soltos em seis municípios de médio porte: Uberlândia (MG), Presidente Prudente (SP), Joinville (SC), Natal (RN) e Foz do Iguaçu e Londrina (PR). O método Wolbachia já está em utilização nas cidades do Rio de Janeiro e Niterói (RJ), Campo Grande (MS) e Petrolina (PE).

 

Os mosquitos infectados pela bactéria Wolbachia, produzidos em laboratórios da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), são incapazes de carregar os vírus causadores da dengue, febre amarela, zika e chikungunya — quando eles se reproduzem, as larvas também nascem com a modificação que anula a presença dos vírus.

 

Na prática, a técnica tem como objetivo reduzir a parcela de mosquitos capazes de transmitir as doenças a seres humanos. Para atingir esse efeito, são necessárias ações de conscientização da população local para evitar o extermínio de mosquitos com inseticida, já que a intenção é que os Aedes inofensivos se reproduzam constantemente até substituir toda a massa de insetos contagiosos.

 

Na última segunda-feira (29), a Fiocruz inaugurou um novo laboratório produtor de Aedes infectados com Wolbachia em Belo Horizonte, a segunda fábrica do tipo em todo o território nacional. A outra instalação produtora dos mosquitos modificados, também chamados de “Wolbitos”, fica no Rio de Janeiro.

 

A liberação de mosquitos modificados faz parte das estratégias do governo federal para conter a escalada de casos de dengue no Brasil, que superou, e muito, as projeções do Ministério da Saúde. Dados divulgados na última semana indicam que o país já ultrapassou 4,1 milhões de infecções até abril, quase o total de 4,2 milhões estimado pela pasta para todo o ano de 2024.

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