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Governadores do Nordeste vão receber vacinas Sputnik antecipadamente


17/04/2021


Após aprovação da Anvisa, laboratório russo afirmou que a parceria dos nove governantes receberá as primeiras doses do imunizante



O Instituto Gamaleya, laboratório russo que fabrica a vacina Sputnik V, decidiu que, quando houver autorização da Anvisa, os governadores do Nordeste receberão primeiro as vacinas contratadas e depois serão entregues as doses contratadas por pelo Governo Federal.


Segundo o colunista Guilherme Amado, da revista Época, os governadores do Nordeste suspeitam que a Anvisa está atrasando a autorização do imunizante russo para que Jair Bolsonaro não passe um novo constrangimento durante a pandemia.


O Consórcio Nordeste é formado por nove estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.


Sputnik V é eficaz?


Em princípio, o uso de dois vetores diferentes é plausível, porque promete maior eficácia.


A eficácia das outras vacinas vetoriais – AstraZeneca (76%) e Janssen (85,4%) –, que usam apenas um vetor, está significativamente abaixo dos valores das duas vacinas de mRNA da Biontech/Pfizer (95%) e Moderna (94,1%).


Só que a eficácia da Sputnik V não pode ser comprovada de forma inequívoca. O imunizante foi aprovado na Rússia em agosto de 2020, antes mesmo da checagem padrão de segurança. E mesmo oito meses após uma aprovação feita às pressas, ainda não há dados confiáveis sobre a vacina, ​​pois a Rússia ainda não disponibilizou os respectivos dados primários cruciais a nenhuma autoridade independente de testes de medicamentos.


Em setembro de 2020, os resultados dos estudos de fase 1 e 2 foram publicados na revista britânica The Lancet. No entanto, apenas 38 indivíduos participaram de cada uma das duas pesquisas sobre segurança, tolerabilidade e imunogenicidade. De acordo com os levantamentos, a vacina provocou uma forte resposta imunológica e nenhum dos participantes teve efeitos colaterais graves.


Especialistas receberam os resultados com fortes reservas, não apenas devido ao pequeno número de participantes. Alguns observaram pontos curiosos, como o fato de os voluntários, que receberam formas muito variadas da vacina, terem, de acordo com o estudo, exatamente o mesmo nível de anticorpos no sangue em dias diferentes. Para especialistas internacionais, tampouco pode ser coincidência que os participantes tivessem o mesmo valor de células T que combatem o coronavírus. Em carta aberta, quarenta pesquisadores da Europa, Estados Unidos, Canadá e Rússia chamaram a atenção, portanto, para uma possível manipulação de dados.


Com informações da revista Época e DW.

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