PF investiga relação entre esquema de pirâmide e desvio de dinheiro da Universal
- admjornale
- 1 de set. de 2021
- 2 min de leitura
01/09/2021
Ex-pastor da Igreja Universal abriu empresa de tecnologia no mesmo endereço da GAS Consultoria

A Polícia Federal investiga a relação entre o esquema de pirâmide financeira com criptomoedas liderado pelo ex-garçom Glaidson Acácio dos Santos e desvios de dinheiro do dízimo oferecido por fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).
Glaidson está detido desde o último dia 25 de agosto acusado de fraudes por meio de transações realizadas pela empresa GAS Consultoria e Tecnologia LTDA.
A Polícia Federal encontrou R$ 15,3 milhões na mansão dele no Itanhangá, na Zona Oeste do Rio.
Segundo reportagem do jornal O Globo, a igreja identificou, no segundo semestre de 2020, a falta de cerca de R$ 3 milhões da congregação no Distrito Federal e pediu que a PF abrisse um inquérito contra o ex-pastor Nei Carlos dos Santos. Posteriormente, foi detectado que ele e outros 11 pastores abriram empresas no ramo da tecnologia. Uma delas, a de Nei, tem como endereço justamente o da GAS Consultoria e Tecnologia LTDA, que pertence a Glaidson.
Após a descoberta, a IURD informou que os religiosos se desligaram da congregação, também por serem alvos de um inquérito do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor), em Brasília. A defesa da igreja acusa os ex-pastores de efetuarem, juntos, operações financeiras em bitcoins, “utilizando o dinheiro supostamente desviado, proveniente dos dízimos e ofertas recebidos” de igrejas da Universal comandadas, até então, por eles.
“Nei Santos estava há 23 anos na IURD, chegando ao posto de pastor regional dentro do território do Distrito Federal, atividade para os membros de extrema confiança da congregação. Nesta atribuição, ele era responsável por, pelo menos, seis igrejas, possuindo acesso irrestrito as doações recebidas (dízimos e ofertas) nestas unidades”, diz trecho da petição da defesa da Igreja Universal contra Nei.
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