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Gabriel Schwartz é indicado ao Prêmio Opus, no Canadá

24/11/2023


O músico curitibano está concorrendo com ‘Solo’ como Álbum do Ano, na categoria World Music


Gabriel Schwartz

Não é de hoje que a música brasileira faz sucesso no Canadá, especialmente em Montreal, na província de Quebec. E desta vez quem vai representar o país no prestigiado Prix Opus (Prêmio Opus) oferecido pelo Conseil Québécois de la Musique (Conselho Quebequense de Música) - 27ª edição será o músico Gabriel Schwartz, de Curitiba (PR).


O multi-instrumentista está concorrendo com o álbum digital ‘Solo’ como Álbum do Ano, na Categoria World Music (Música do Mundo) e Música Tradicional do Quebec. A divulgação dos finalistas saiu nesta quinta-feira, 23 de novembro. O resultado será revelado em cerimônia a ser realizada no dia 04 de fevereiro do ano que vem, na Salle Bourgie do Museu de Belas Artes de Montreal.


“Ser indicado a um prêmio como esse que já está na sua 27ª edição, que é organizado por uma instituição muito respeitada aqui, que sempre indica nomes de peso na música clássica, contemporânea, jazz e tradicional do Quebec, para mim é realmente muito importante. Fiquei feliz com a notícia e acho que, independentemente do resultado final, já posso comemorar somente pelo fato de ser um dos finalistas. Isso certamente vai me trazer boas oportunidades para o futuro”, comemora Gabriel.


Criado em 1996, o prêmio prestigia o dinamismo e a diversidade da comunidade musical quebequense. Destaca a excelência e a diversidade da música de concerto no Quebec, em diferentes repertórios musicais: medieval, renascentista, barroco, clássico, romântico, moderno, atual, contemporâneo, eletroacústico, jazz, world music e música tradicional local.


O álbum ‘Solo’ surgiu a partir do show de mesmo nome e reúne 10 gravações ao vivo realizadas entre 2017 e 2020, metade delas feita em Curitiba, durante apresentações no Paço da Liberdade/Sesc Paraná, e a outra parte em Montreal, sem público, durante a pandemia. “Não há nenhuma gravação em estúdio, são takes inteiros, sem edição, em alguns casos usei apenas recursos de mixagem”, explica Gabriel.


O álbum foi masterizado por Chico Santarosa em 2021 e lançado no formato digital em janeiro deste ano (2023) pelo selo independente La Prûche Libre (Québec – Canadá), com show na programação da 40ª Oficina de Música de Curitiba e também em Montreal, na Maison de la Culture NDG, instituição mantida pela prefeitura da cidade canadense.


Solo


‘Solo’ é seu mais recente trabalho em que atua como multi-instrumentista/cantor e utiliza o loop station (pedaleira eletrônica) como ponto de partida para composições e arranjos. Gabriel executa vários instrumentos de sopro, cordas e percussão, trazendo ao público variações de climas e ritmos que vão da valsa/choro a bossa-nova, passando pelo baião e o frevo, entre outros ritmos brasileiros.


O álbum leva ao público repertório eclético incluindo composições próprias e interpretações de clássicos da música popular brasileira. Entre os compositores estão: Toquinho e Vinicius, Gilberto Gil, João Donato, Dominguinhos e Egberto Gismonti. O músico ora constrói arranjos ao vivo com o auxílio do loop station, que permite gravar e reproduzir sons em tempo real, ora executa solos de flauta, saxofone, voz e violão/baixo de 8 cordas.


A estética sonora tem como base a música de câmara com arranjos ricos em contrapontos melódicos e, por outro lado, para o acompanhamento rítmico, apresenta a simplicidade do violão folk, duas linguagens a princípio distintas, mas que estão muito bem alinhavadas entre as músicas instrumentais e as canções.


Por estar sozinho no palco, ideia central do projeto, o trabalho propicia o aparecimento de uma linguagem musical singular através da liberdade na composição e interpretação das músicas. Tal liberdade foi conquistada em mais de 25 anos de carreira por esse artista múltiplo e versátil.


Gabriel Schwartz


São inúmeros projetos de sucesso realizados por Gabriel Schwartz nos últimos 25 anos. Atuou como músico, arranjador e diretor musical em diversos projetos, shows, CDs e peças de teatro. Entre 1998 e 2018 foi saxofonista, flautista, arranjador e regente assistente da ‘Orquestra à Base de Sopro de Curitiba’. Fundou em 1998 o Trio Quintina, dedicado a interpretar MPB, através de composições próprias e também de grandes compositores, no qual ainda atua como multi-instrumentista, compositor e cantor. O grupo formado também por Gustavo Schwartz e Fabiano Silveira (O Tiziu) segue ativo e já soma, entre CDs e DVDs, dez títulos fonográficos lançados de maneira independente.


Atualmente, Gabriel reside em Montreal onde ministra aulas de música brasileira no Centre des Musiciens du Monde, integra o quarteto do músico africano Adama Daou, a banda do brasileiro Diogo Ramos e promove mensalmente sarau de choro com o seu Trio Choro de Quintal. O músico mudou-se para o Canadá em 2018 para fazer Mestrado, concluído em 2020, em Composição na Universidade de Montreal, sob a direção da compositora sérvia/canadense Ana Sokolović. Este ano, iniciou Doutorado, também em Composição, na Université de Montréal. Recentemente foi convidado para criar arranjos e tocar com um grande nome da música tradicional do Quebec, Yves Lambert.


Foto: Jeff Fasano


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