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Evolução do MMA é resultado de combinação de artes marciais

  • Foto do escritor: JORNALE
    JORNALE
  • 11 de mai. de 2021
  • 4 min de leitura

11/05/2021


Modalidade passou por mudanças ao longo dos anos




As competições de MMA (Mixed Martial Arts) passaram por uma grande evolução nos últimos anos. Se as lutas, no início da modalidade, eram realizadas entre especialistas e sem divisão por peso - principalmente no Japão e nos Estados Unidos -, hoje, o MMA exige uma preparação específica dos seus principais atletas, com o treinamento de diversas especialidades, tanto de lutas de "trocação", quanto às de lutas "de chão". A modalide atrai hoje uma parcela importante do público apaixonado por lutas, além de atrair um bom volume de bets em casas de apostas, conforme atesta a Betway, em estudo publicado no seu blog.


A ideia original dos promotores parecia ser uma competição entre as diversas artes marciais, em outras competições, a forma de tentar atrair o público era o chamado "Vale Tudo", em que os competidores participavam de uma luta quase que sem regras. O técnico e líder da academia CM System, Cristiano Marcello, que também tem sua história como lutador analisa essa evolução: “Eu comecei em uma época do vale tudo, que não tinha glamour, não tinha remuneração financeira, você lutava pela tua própria honra e defender a bandeira do Jiu-jitsu no meu caso. Como os caras do Muay Thai defendiam a própria bandeira, da luta livre”.

Outro preparador de atletas de MMA, Marcelo Brigadeiro, da Astra Fight Team, conta como foi essa transição. “Antigamente os atletas tinham uma base em uma modalidade. Eles vinham de uma arte marcial e aprendiam as outras para complementar o seu jogo de MMA. Hoje, os atletas mais jovens já iniciam no MMA, se especializam em modalidade nenhuma”.


Brigadeiro destaca que os lutadores mais jovens já são formados para competir no MMA. “Cada vez mais vemos uma molecada mais completa, porém, menos especialista em qualquer coisa que seja. Antigamente, tinha aquele lutador que era nota 10 no chão e aprendia o suficiente para se virar na trocação e no Wrestling, ou um que era um striker nota 10 e aprendia o suficiente para se virar no chão. Hoje em dia, todo mundo é nota seis em tudo”.

A evolução do MMA fez com que algumas academias criassem sua própria especialidade, direcionada à competição. É o caso da Jackson Wink MMA Academy, que tem como seu filho mais ilustre o camepão Jon Jones, um dos maiores nomes da história da modalide. A Jackson Winck criou o Gaidojustu, que combina wrestling (modalidade de origem de Jones) e kickboxe.

O técnico Cristiano Marcello reitera essa necessidade de se treinar a maior variedade de estilos possíveis. “Hoje em dia você tem que ter no mínimo conhecimento de todas as artes para saber o que está vindo do outro lado, o que o teu adversário está te oferecendo para antecipar. Por mais que você não seja de excelência em determinada área, precisa ter entendimento”.


A primeira fase do MMA apresentava lutas sem divisão por peso e sem divisão por rounds. A partir de 2009, houve um novo conjunto de regras que previsa um limite de tempo para as disputas e a decisão através de juízes - anteriormente o resultado se dava apenas por finalização ou nocaute. Essa mudança causou impacto nas apostas esportivas, de acordo com a casa de apostas Betway, os apostadores passaram a optar pelo resultado através da decisão dos árbitros, que foi de 52,19% de todas lutas registradas pelo UFC em 2019.

A partir dessas regras, os resultados dos lutadores passaram a ficar diretamente ligados à precisão dos golpes e efetividade dos estilos de cada atleta. Os nomes mais reconhecidos da modalidade comprovam isso através de seus números - Anderson Silva tem 60% de índice de precisão nos seus golpes e Jon Jones tem número parecido, 58%.


Hoje, os atletas mais efetivos tem obtidos resultados melhores, todos com precisão de acima dos 50% nos golpes. Lutadores como Kamaru Usman (53%), Amanda Nunes (51%) e Valentina Shevchenko (51%) comprovam a tese.


Outro ponto importante é a forma que o atleta consegue se defender dos golpes. Como é o caso do invicto Jon Jones, que consegue neutralizar 95% das tentativas de derrubá-lo. O que possibilita que ele consiga impor seu jogo de luta em pé. Ou seja, apostar em uma finalização contra Jones tem cotação altíssima para o apostador. Na outra ponta, apostar na vitória de Jones tem uma cotação bem menor.


No entanto, os lutadores acabam desenvolvendo suas estratégias próprias, como é o caso de Khabib Nurmagomedov, que dirige 87% dos seus golpes na cabeça dos adversários. Mas outros lutadores, como brasileiro Edson Barbosa, aplica 43% na cabeça e 29% no corpo e 28% nas pernas, números semelhantes aos de Jon Jones. A característica comum dos dois atletas é o grande número de artes marciais que compõem os seus repertórios.


Por ser um esporte de alto contato, é natural que o índice de lesões seja alto. Um dos especialistas na área, o médico Joseph Torres, do Florida Sports & Family Health Center, relata que a maior parte das lesões dos lutadores são nos braços. Modalidades como o jiu-jitsu, o sambo e o wrestling têm um repetório de golpes sobre braços, pernas e pescoço. Pela ordem, o meior número de lesões são em braços, pescoço e cabeça.

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