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Estudantes brasileiros nos EUA evitam sair de casa e deixam redes sociais

  • Foto do escritor: JORNALE
    JORNALE
  • 28 de mai.
  • 2 min de leitura

28/05/2025


Trump ameaça instituições de ensino e promove tentativas de 'caça às bruxas'



Os estudantes estrangeiros de universidades americanas, quando questionados sobre as consequências práticas da “guerra” entre o governo Trump e instituições de ensino renomadas, como Harvard, Princeton e Columbia, eles costumam optar pelo silêncio ou pedir total anonimato.

 

São estratégias de proteção adotadas por alunos internacionais que, mesmo em situação legal nos Estados Unidos, querem garantir a oportunidade de se formar e de trabalhar no país. Em relatos à reportagem, eles contaram também que:

 

apagaram seus perfis em redes sociais;

fizeram uma “limpa” em posts antigos ou em grupos de Whatsapp;

deixaram de participar de atividades extracurriculares (como jornais do campus);

evitaram comparecer a protestos;

desistiram de viajar ao país de origem nas férias.

 

“É uma política partidária e ideológica de criar esse sentimento de medo para que os estudantes se calem. Ainda que não sejam ameaças individuais, é bom para o governo que a gente fique em silêncio”, diz Núbia, aluna brasileira da Universidade Harvard.

 

Na última campanha eleitoral para a presidência dos Estados Unidos, Donald Trump já havia exposto qual seria sua postura em relação a alunos estrangeiros: fez críticas ao programa de vistos estudantis, defendeu o monitoramento ideológico do grupo e prometeu “limpar universidades de espiões” vindos de outros países.

 

Desde janeiro, quando assumiu o posto, o republicano colocou em prática essa conduta:

 

Acusou universidades de elite de antissemitismo e doutrinação, e passou a ameaçá-las com punições, como cortes de verba, caso não aceitem exigências do governo.

Proibiu que Harvard tenha alunos internacionais — medida revogada pela Justiça americana.

Segundo o site Politico, ordenou a todos os consulados, nesta terça (27), que pausem a concessão de vistos estudantis.

Diego Scardone, vice-presidente da Harvard Brazilian Association (HBASS), conta que, de todos os casos que já chegaram até ele, os mais preocupantes são os de alunos recém-aprovados na universidade, que sequer conseguiram entrar nos EUA ainda.

 

“Eles comprometeram 90 mil dólares por ano para pagar a graduação, deram sinal de dois meses de aluguel em dólar, compraram passagem, mas não vão conseguir o visto? Isso é um absurdo. Estudantes estão sendo utilizados para fins políticos”, diz.

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