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Estudante conta como é viver com doença que causa "pior dor do mundo"

Carolina Arruda foi diagnosticada com neuralgia do trigêmeo após anos de idas e vindas ao hospital


06/06/2024



A vida da estudante de veterinária Carolina Arruda era absolutamente normal até os 16 anos de idade. Então, um dia, descansando na casa dos avós, ela sentiu uma dor de cabeça numa intensidade que nem imaginava existir. "Eu gritava e chorava por causa da dor, mas ela passou bem rápido", contou a estudante, que não deu maior importância ao fato.


Nos meses seguintes, porém, o problema voltou a ocorrer repetidamente, obrigando Carolina a encarar uma rotina de idas e vindas a hospitais em busca de uma solução. Nas contas de Carolina, foram 27 consultas a especialistas até que veio o diagnóstico de neuralgia do trigêmeo, doença conhecida por provocar "a pior dor do mundo".


A neuralgia do trigêmeo é uma doença em que há uma disfunção do nervo trigêmeo, responsável pela sensibilidade do rosto. A doença normalmente atinge apenas um lado do rosto, mas em casos mais raros, como o de Carolina, pode atingir os dois lados. As crises, apesar de serem breves, ocorrem várias vezes ao dia.


Por causa da doença, Carolina ficou inabilitada para o trabalho, já que passa a maior parte do tempo deitada para evitar as crises agudas de dor.


"É uma dor tão forte que, por duas vezes durante as crises, tentei tirar a minha vida fazendo cortes no meu pescoço com bisturi para acabar com todo o meu sofrimento. Também já pensei em eutanásia, mas no Brasil não é autorizado e eu não tenho recursos para buscar esse procedimento em outro país. Já pensei muito se isso tudo é egoísmo da minha parte, já que tenho uma filha e uma família, mas eu não aguento mais sentir dores e viver dessa maneira", afirmou a estudante.


Carolina já passou por três cirurgias para tentar corrigir a má formação do nervo trigêmeo e acabar com as crises de dor incapacitante. A última, no final do ano passado, deixou o lado direito do rosto da estudante paralisado (FOTO ABAIXO).





"Já são 11 anos convivendo com essa dor. Tomo morfina e outros medicamentos ainda mais fortes todos os dias. As pessoas muitas vezes acham que é drama e que a dor não é tão intensa assim, mas quem não sofre com essa doença nunca vai conseguir entendê-la", concluiu Carolina Arruda.

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