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Enviado de Trump fala em tornar a Groenlândia 'parte dos EUA'

  • Foto do escritor: JORNALE
    JORNALE
  • há 3 horas
  • 2 min de leitura

22/12/2025


Dinamarca reage convocando embaixador


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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na noite de domingo (21) que designou o governador da Louisiana, Jeff Landry, para o cargo de enviado especial para a Groenlândia. Landry, então, falou nesta segunda-feira (22) em "fazer da Groenlândia parte dos EUA".

 

A Groenlândia, um território autônomo da Dinamarca no Ártico, é um desejo de longa data de Trump e o movimento reacendeu a preocupação dinamarquesa e groenlandesa sobre os planos do presidente americano para a ilha, que é rica em minerais e tem posição estratégica.

 

"Tenho o prazer de anunciar que estou nomeando o GRANDE governador da Louisiana, Jeff Landry, como Enviado Especial dos Estados Unidos para a Groenlândia. Jeff entende como a Groenlândia é essencial para nossa Segurança Nacional e irá defender fortemente os interesses do nosso país em prol da Segurança, Proteção e Sobrevivência de nossos Aliados e, de fato, do Mundo", afirmou Trump em publicação no Truth Social.

 

Trump já afirmou várias vezes ao longo dos anos que a Groenlândia, um território dinamarquês que tem governo e economia próprias, deveria se tornar parte dos EUA e cita razões de segurança nacional dos EUA e interesse nos recursos minerais da ilha como justificativa.

 

A designação de um enviado especial, que serve como um representante diplomático, para tratar da Groenlândia retoma a ofensiva de Trump contra a ilha, que foi mais intensa nos primeiros meses do ano, logo após o republicano retornar à Casa Branca. Ele já chegou a dizer que os EUA "precisam" ter a Groenlândia e não descartou o uso militar para atingir esse objetivo. (Leia mais abaixo)

 

Em resposta, o ministro das Relações Exteriores dinamarquês, Lars Løkke Rasmussen, disse nesta segunda-feira que convocou o embaixador dos EUA em Copenhague e que se incomodou com o apoio de Landry ao objetivo de Trump de tomar a Groenlândia. A convocação de um embaixador é uma espécie de repreensão de um país a outro na linguagem diplomática internacional.

 

“Estou profundamente incomodado com esta nomeação de um enviado especial. E estou particularmente incomodado com suas declarações, que consideramos totalmente inaceitáveis”, afirmou Rasmussen à "TV 2" dinamarquesa.

 

Em uma publicação nas redes sociais agradecendo Trump, Landry disse que "é uma honra servir (…) nesta função voluntária para fazer da Groenlândia parte dos EUA".

 

O primeiro-ministro da Groenlândia, Jens-Frederik Nielsen, exigiu respeito aos groenlandeses, aos dinamarqueses e à integridade territorial da ilha e disse que a ilha decidirá seu próprio futuro.

 

O governo da União Europeia afirmou nesta segunda-feira que a integridade territorial e a soberania da Groenlândia e, consequentemente, do Reino da Dinamarca devem ser preservadas.

 

Aaja Chemnitz, uma parlamentar groenlandesa no Parlamento dinamarquês, disse à agência de notícias Reuters que a nomeação de um enviado dos EUA não era, em si, um problema. “O problema é que ele recebeu a tarefa de assumir a Groenlândia ou torná-la parte dos Estados Unidos — e não há qualquer desejo disso na Groenlândia”, disse.

 

Jeff Landry é governador da Louisiana desde 2024 e é filiado do Partido Republicano. Seu mandato vai até 2027 e, segundo ele, sua nova função de enviado especial não afetará seu cargo.


 
 
 

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