05/07/2024
Empresária Grazielly da Silva Barbosa está presa desde a última quarta-feira (3)

A Polícia Civil de Goiás investiga Grazielly da Silva Barbosa, dona da clínica estética Ame-se, de Goiânia, por quatro crimes diferentes. Todos eles têm relação com a morte da influenciadora digital Aline Maria Ferreira, de 33 anos, após ela ter feito um procedimento estético para aumentar os glúteos com a investigada.
A empresária foi presa na quarta-feira (3) e a clínica dela foi interditada pela Vigilância Sanitária por não ter alvará de funcionamento e nem responsável técnico.
De acordo com a delegada Débora Melo, responsável pelo caso, Grazielly está sendo investigada por crimes contra as relações de consumo, ao ter mentido sobre sua qualificação, induzir pacientes a erro por não prestar informações adequadas a respeito dos procedimentos que eram realizados e, também, por não explicar quais eram os riscos envolvendo a aplicação de polimetilmetacrilato, substância plástica conhecida pela sigla PMMA.
Fora isso, Grazielly também é investigada por exercício ilegal da medicina e execução de serviço de alta periculosidade. Segundo a delegada, a empresária não confirmou ter usado PMMA na influenciadora, tendo mudado de versão algumas vezes.
“Em alguns momentos ela (Grazielly) falava que era PMMA, em outros momentos ela falava que era bioestimulador. É por isso que os objetos que nós apreendemos serão periciados para comprovar de fato qual foi a substância utilizada. Mas, de acordo com o relato das testemunhas, era, sim, o polimetilmetacrilato”, afirmou a delegada.
Paralelamente a isso foi aberta outra investigação, sobre a possível lesão corporal seguida de morte da influenciadora Aline Maria. A delegada aguarda a conclusão de um laudo pericial que vai indicar se o preenchimento no bumbum teve ou não relação com a morte da influenciadora.
Grazielly se apresentava como biomédica, mas, para a polícia, explicou que cursou somente três semestres de Medicina no Paraguai, além de ter feito cursos livres na área.
Segundo a delegada Débora Melo, Grazielly não apresentou nenhum certificado que comprove a conclusão desses cursos até a tarde de quinta-feira (4). E, portanto, ao que tudo indica, não tem competência para atuar na área.
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