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Curitiba é a capital com maior índice de mobilidade social do Brasil social

  • admjornale
  • há 2 dias
  • 3 min de leitura

03/06/2025



Curitiba é a capital com maior índice de mobilidade social no Brasil. O resultado pode ser conferido no Atlas da Mobilidade Social Brasil, lançado neste domingo (1º/6) pelo Instituto de Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS). O estudo aponta que 58,9% curitibanos nascidos entre 1983 e 1990 nas famílias com menor renda na cidade se tornaram adultos que subiram aos 50% da população com maior renda.


Em outras palavras: o estudo aponta que seis entre dez curitibanos da parcela menos abastada de Curitiba e que eram crianças ou adolescentes entre 2006 e 2010 se tornaram, entre 2015 e 2019, adultos com uma situação social melhor que a dos pais.


Em escala nacional, apenas 3 a cada dez brasileiros (33,3%) conseguiram o mesmo resultado. O estudo considerou filhos das famílias pobres pessoas nascidas entre 1983 e 1990 e que hoje têm entre 35 e 42 anos. O percentual de êxito entre os paranaenses é de 58%.


“O levantamento confirma que os investimentos da Prefeitura em Educação, Saúde, Trabalho têm impacto direto na renda da população e uma melhoria nas condições de vida ao longo dos anos. Nossa gestão tem trabalhado ainda mais para que esse índice de mobilidade social se estenda à atual e às próximas gerações, avançando continuamente com a criação de novos empregos, apoio ao empreendedorismo e atração de empresas para Curitiba, reduzir ainda mais as desigualdades”, diz o prefeito Eduardo Pimentel.


O estudo do IMDS também apontou que, em Curitiba, mais da metade das pessoas (55,9%) têm chance de superar a condição dos pais em pelo menos 10 pontos percentuais. Na avaliação nacional menos da metade das pessoas mais pobres (49%) têm o mesmo êxito.


As informações da análise feita no Atlas da Mobilidade Social vão ao encontro de outra pesquisa recém-publicada, a da “Classes de Renda no Rio”, elaborado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE), que confirma o crescimento das classes de maior renda e redução dos estratos mais pobres em Curitiba, sendo a capital com maior participação da classe C do País, com 40,9% da população na classe média.


Como nossos pais?


Estratificando ainda mais o nível de ascensão, o Atlas mensurou que 2,62% dos nascidos entre as famílias mais pobres em Curitiba subiram para o grupo dos 10% mais ricos da cidade.


Esse percentual é o terceiro melhor entre as capitais brasileiras e primeiro entre as capitais do Sul – Florianópolis tem 2,1% dos filhos de famílias pobres que ascenderam aos 25% mais ricos e Porto Alegre (RS), 1,3%.


Somente Goiânia (GO) e Brasília (DF) tiveram melhor resultado que Curitiba nessa comparação, com 3% e 2,8%, respectivamente.


As duas cidades, contudo, ficaram atrás da capital paranaense no percentual que avalia a passagem, entre gerações, dos filhos de famílias da metade mais pobre para a metade mais rica: 50,6% em Goiânia; 46,7% em Brasília.


O levantamento também apontou que a capital paranaense possibilita mais amplitude na ascensão da mobilidade social: 17,4% dos nascidos entre 2006 e 2010 em Curitiba avançaram para o grupo dos 25% mais ricos da cidade.


Nacionalmente, apenas 10,8% das crianças e adolescentes mais pobres conseguiram, na vida adulta, chegar aos 25% mais abastados do país.


Metodologia


O Atlas da Mobilidade Social fez o levantamento de mobilidade intergeracional de renda, que é avaliação de chance de os filhos superarem ou não o nível de renda dos seus pais.


As estimativas apresentadas são mensuradas em uma amostra representativa da população adulta nascida entre 1983 e 1990, obtida por relacioná-la com seus pais. O estudo utiliza a renda formal de pais e filhos (como declarações de Imposto de Renda), combinada a modelos de Machine Learning para imputar rendas informais, com base em características socioeconômicas e demográficas apontados em pesquisas domiciliares do IBGE.


Passo a passo:


  • Para determinar a mobilidade intergeracional de renda, de cada cidade, o estudo separou as famílias que estavam na metade mais pobre na distribuição de renda familiar per capita entre 2006 e 2010;

  • Dentre essas famílias, foram selecionadas aquelas com filhos ainda crianças ou adolescentes para a observação da renda familiar;

  • Depois, foi analisada a renda dos filhos já adultos, entre 25 e 29 anos, no período de 2015 e 2019;

  • Os dados dos dois períodos analisados foram comparados e calculou-se quais as chances de um filho de pais que estavam na metade mais pobre da população alcançar os seguintes patamares de renda: Chance de superar a condição dos pais em pelo menos 10 pontos percentuais; Chance de permanecer na metade mais pobre; Chance de alcançar a metade (50%) mais rica; Chance de alcançar o quarto (25%) mais rico; e Chance de alcançar o décimo (10%) mais rico.


Foto: Levy Ferreira/SECOM (arquivo)

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