Consulta pública da nova concessão do transporte coletivo registrou 537 manifestações
- admjornale
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18/12/2025

A consulta pública online sobre a nova concessão do transporte coletivo registrou 537 manifestações no período de sua realização, entre 19 de setembro e 17 de novembro. Os questionamentos enviados e as respostas podem ser conferidos AQUI.
“Foi um número expressivo, que mostrou engajamento da população, de empresas interessadas no leilão e de entidades de classe”, comentou o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto. “Estamos construindo em parceria com a população o edital que vamos apresentar no primeiro quadrimestre do próximo ano”, completou. O leilão está previsto para ocorrer na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo).
Entre as manifestações, destaque para os seguintes temas: jurídico/contratual, com 48% do total; operacional, com 22%; econômico/financeiro/tarifário, com 6,6%; engenharia e infraestrutura, com 5,8%; e governança e processo, com 4,5%.
O objetivo principal da consulta pública e também das audiências presenciais (realizadas em 1 e 15/10) era que cidadãos, representantes de entidades governamentais, comunitárias e setoriais pudessem contribuir com sugestões e propostas antes da publicação do edital e a realização do leilão.
Além de promover transparência, a ideia é garantir o diálogo do poder público e a sociedade para melhorar o serviço do transporte na capital e para que ele atenda às necessidades da população.
O que prevê
A nova concessão do transporte coletivo prevê a modernização do sistema, com novas rotas, investimento em ônibus zero emissões e implantação de integração temporal entre todas as linhas da capital, com foco na agilidade do deslocamento e na qualidade do serviço.
O leilão será de cinco lotes – dois de BRTs (abrangendo as linhas que circulam em canaletas exclusivas) e três regionais (Norte, Sul e Oeste) com contrato de operação de 15 anos. A previsão é realizar o leilão até o final do primeiro quadrimestre de 2026.
Os investimentos previstos são de R$ 3,7 bilhões no período e incluem a aquisição de 245 ônibus elétricos em cinco anos, de 149 ônibus a diesel modelo Euro 6 no início do contrato e mais 1.084 veículos ao longo do contrato.
O projeto também contempla a construção de dois eletropostos públicos, nos terminais Capão Raso e Capão da Imbuia. Além disso, estão programadas a construção e requalificação de 16 estações-tubo, reformulação de traçados de 30 itinerários e criação de cinco novas linhas.
A nova concessão também prevê um fundo garantidor inédito para dar segurança financeira ao projeto e novos indicadores de qualidade do serviço.
A previsão é que a transição para a nova concessão dure até dois anos, período em que a tarifa, atualmente em R$ 6, não será reajustada.
O sistema integrado de mobilidade (Sim) de Curitiba envolve 309 linhas, 22 terminais, 330 estações-tubo e frota de 1.189 ônibus. São 555 mil passageiros pagantes/dia útil e 6,4 milhões de viagens por mês.
Foto: Isabella Mayer/SECOM








