Começa nesta semana o julgamento do homem denunciado pelo MPPR por utilizar posição de líder espiritual para cometer diversos crimes sexuais
- admjornale
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21/10/2025
Está previsto para começar nesta quarta-feira, 22 de outubro, o julgamento do homem, de 63 anos, denunciado pelo Ministério Público do Paraná pela prática de diversos crimes tipificados como violação sexual mediante fraude e estupro. Ele teria praticado os crimes valendo-se da posição de "guru" e "líder espiritual" para envolver as vítimas e, a partir disso, praticar as violências sexuais. Foram designados, pela Vara Criminal de Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba, os dias 22, 23, 24 e 31 de outubro, das 9 às 19 horas, para a realização das audiências de instrução e julgamento do réu.
Investigações conduzidas pelo Núcleo de Apoio à Vítima de Estupro (Naves) do MPPR, apontaram que o réu aproveitava-se das relações de "mestre-discípulo" que estabelecia com as vítimas – muitas em situação de vulnerabilidade emocional – para cometer os abusos. Os crimes teriam sido praticados entre 2005 e 2024 em espaços mantidos pelo denunciado – uma chácara em Quatro Barras, onde era sediada a ordem filosófica mantida por ele, e em uma clínica em Curitiba, onde ele atuava como psicanalista e mestre de artes marciais e ministrava cursos e palestras.
Crimes – O acusado responde por diversos crimes, entre eles estupro de vulnerável, praticado contra vítimas menores de 14 anos na época, violência psicológica contra a mulher e tortura, por submeter alguém sob sua autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental (um fato), além de vários delitos de violação sexual mediante fraude. Todos os crimes foram cometidos em concurso material e de forma continuada durante anos.
Cronograma – Como são mais de 40 pessoas a serem ouvidas, entre vítimas e testemunhas, os depoimentos foram distribuídos entre os quatro dias designados, sendo o último ato o interrogatório do acusado. Atuarão nas audiências a promotora de Justiça responsável pela coordenação do Naves e o promotor de Justiça titular da comarca de Quatro Barras. O julgamento tramita sob sigilo.