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Bruno Covas é reeleito prefeito de São Paulo

29/11/2020


Candidato confirmou vantagem sobre Boulos apontada nas pesquisas



Herdeiro de um dos sobrenomes mais emblemáticos da política paulista, Bruno Covas (PSDB) superou seu avô, ao menos no que diz respeito à Prefeitura de São Paulo. Mário Covas não chegou ao cargo por escolha popular. Ele foi o último prefeito biônico antes de democratização, em 1983. Bruno, de 40 anos, seguia uma história parecida - era o vice na chapa vencedora de 2016 -, até ganhar a eleição no segundo turno, neste domingo, 29.


Segundo aliados, uma vitória com gosto de superação, além de uma carga de emoção não prevista. Com 96,50 das urnas apuradas, o tucano está matematicamente reeleito, derrotando Guilherme Boulos, isolado nos últimos dois dias da campanha após anunciar que contraiu o novo coronavírus. O tucano obteve 59,38% dos votos válidos, ante 40,62% do candidato do Psol.


Neste domingo, as histórias do avô e do neto se encontram novamente. Há pouco mais de um ano, Bruno luta contra um câncer, mesma doença que tirou Mário Covas da política e depois do convívio familiar. Amparado por um junta médica especializada e com os melhores recursos em tratamento, o prefeito não se afastou do trabalho nem escondeu os efeitos da quimioterapia em seu corpo.


Quando a pandemia chegou, Bruno Covas já era reconhecido nas ruas como prefeito da capital. Tinha ganhado fama de corajoso e conquistado a empatia de parte da população. No início de outubro, com a campanha no ar, pôde reforçar que sua gestão tinha aberto e fechado dois hospitais de campanha e retomado obras paralisadas até maio na área da saúde.


Começou em segundo lugar nas pesquisas - o recall de Celso Russomanno (Republicanos), mais uma vez, o colocava à frente -, mas foi subindo gradativamente e marcou 32% dos votos válidos no primeiro turno - 12 pontos à frente de Boulos.


Sempre calmo em debates e entrevistas (até demais em alguns momentos), Covas chegou ao dia 15 de novembro com a lição de casa toda feita. Considerado um bom articulador político, conseguiu o apoio de outros nove partidos, além do PSDB, da forma mais tradicional que se conhece na política: fazendo composições e concedendo agrados aos aliados. Em seu atual governo, ao menos oito desses partidos têm ou já tiveram cargos no alto escalão.

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