Aposentada cultiva rotina de autocuidado e dedicação à comunidade
- admjornale
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28/10/2025

A técnica em enfermagem aposentada Delurdes do Rocio Guimarães será uma das representantes de Curitiba na 6ª Conferência Nacional da Pessoa Idosa, em dezembro, em Brasília. Aos 77 anos, ela participa ativamente da vida comunitária e é frequentadora assídua das aulas oferecidas pelo Cati Boa Vista, o centro de atividades para a pessoa idosa da região, que está sendo reformulado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano (SMDH) para ampliar as atividades oferecidas e que Delurdes considera sua segunda casa.
“Estou me preparando para ser uma das delegadas da conferência. Tem muita coisa importante pra ser tratada, como o idoso no SUS (Sistema Único de Saúde). Fui da área da saúde e tenho afinidade com essa área”, explica, referindo-se a um dos temas sobre os quais começou a refletir a partir da 8ª Conferência Estadual da Pessoa Idosa. O evento aconteceu entre o final de setembro e o início de outubro, em Foz do Iguaçu. Foi de lá que ela saiu escolhida para ser uma das delegadas.
Envelhecimento saudável
Segundo a coordenadora do Cati, Patrícia Galvão, Delurdes é exemplo de envelhecimento saudável e conectado com a comunidade à qual pertence. “Além de participar de várias aulas, ela faz lembrancinhas para as nossas festas, doces e é muita assídua. Só falta quando vai ajudar familiares ou amigos”, conta, referindo-se ao trabalho voluntário que a aluna faz em hospitais como cuidadora e acompanhante de pacientes. “Se eu tenho essa condição, se eu posso ajudar, eu faço mesmo”, afirma.
Participante do Rancho das Flores desde antes de entrar para o clube dos 60+, há 21 anos Delourdes frequenta as aulas de dança de ritmos diversos, dança cigana tradicional e atual e dança circular, onde normalmente chega a pé, depois de aproximadamente 15 minutos de caminhada, e é sinônimo de vivacidade. “Amo muito tudo o que faço no Cati, quatro vezes por semana, e as amizades que fiz e cultivo por participar das atividades”, observa.
Mas isso não é tudo. A técnica de enfermagem aposentada também busca atividades em outros espaços: faz alongamento e musculação nas turmas abertas da Igreja da Barreirinha e Tai chi chuan no Jardim das Américas. “A gente faz em uma praça que eu esqueci o nome, com o professor aqui do Cati”, diz, referindo-se apo local onde pratica a arte marcial chinesa uma vez por semana.
Para ela, os benefícios de tanta atividade vão além do aspecto físico. “É o conjunto. A gente precisa do lado físico e do mental, na terceira idade, pra se manter ativada. O que eu puder fazer, eu estou fazendo”, argumenta Delurdes, que também cultiva a leitura e frequenta a Biblioteca Pública do Paraná, no Centro. Nas últimas visitas ao espaço, conta, tem emprestado romances e livros sobre terapias naturais.
Saúde 60+ em família
Colegas de Deloudes, Irma Mattos e Iranete Mattos também são exemplo de envelhecimento com qualidade de vida. Mãe e filha, Irma tem 92 anos e Iranete está com 63. “É ótimo. Chegamos juntas e vamos embora juntas”, diz Irma, que é vizinha da filha no bairro Boa Vista.
Aposentada a partir do começo do ano, Iranete se dispôs a usar parte do seu tempo para acompanhar a mãe em alguma modalidade física e resolveu procurar o Cati. Foi lá que se deu conta de que também poderia se matricular na mesma turma. Assim, desde março, participam das aulas de dança sênior e dança circular.
Foto: Hully Paiva/SECOM








