Caminhoneiros prometem novos protestos depois do feriado
- 3 de set. de 2018
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Governo anunciou aumento nos fretes para evitar greves

Em nota divulgada pela UDC (União dos Caminhoneiros do Brasil), caminhoneiros da entidade afirmam que farão uma mobilização em todo o país após o feriado da Independência (dia 7 de setembro) e por tempo indeterminado. A UDC acusa o governo de não ter cumprido o prometido em relação ao preço do diesel, que na última sexta-feira (31) teve reajuste de 13%. A lei que estabeleceu a nova política de frete prevê revisão dos pisos mínimos caso o combustível tenha oscilação superior a 10%, para acomodar o aumento de custos dos caminhoneiros. No início da noite de sábado, a ANTT publicou em seu site nota afirmando que, “devido à variação do preço do óleo diesel, promoverá os ajustes necessários”, em cumprimento ao disposto na lei. A nota não detalha quando seria aumentada a tabela nem em que percentual. A entidade reclama da falta de fiscalização nas estradas pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). A UDC pede mais fiscais e postos defiscalização que obriguem às transportadoras a cumprirem a tabela mínima do frete. “Pedimos imediatamente as seguintes providências afim de que a população brasileira não sofra os danos de uma nova paralisação”, afirma a nota. Os caminhoneiros da UDC também reclamam da atuação da ANTT e pedem a dissolução da diretoria da entidade. A possibilidade de uma manifestação perto das eleições ventilada dias após a paralisação de onze dias em maio, como forma de pressão política. De acordo com Gilson Baitaca, líder do Movimento dos Transportadores de Grãos, do Mato Grosso, se a ANTT não se posicionar até o dia 7 ou 8 de setembro, é grande o risco de haver novas paralisações. Baitaca também afirma que as transportadoras não estão cumprindo os preços tabela do frete e não há fiscalização a respeito. “Queremos ver a lei chegar na ponta, nos caminhoneiros que estão nas estradas”, afirma. A Abcam, entidade que reúne os motoristas autônomos, afirmou que pretende se reunir com o governo para discutir o tema e que “fará o possível para evitar nova paralisação” da categoria. A associação reafirmou neste sábado que se coloca totalmente contrária a novas manifestações e que aguarda o posicionamento da Casa Civil sobre o pedido de reunião. Durante esta sexta, circularam em aplicativos de trocas de mensagens áudios, cuja autenticidade não foi comprovada, convocando para paralisação.







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