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As peles de Masaichi Fukushi


Masaichi Fukushi nascido em 1878 tinha um trabalho muito curioso, ele removia e colecionava tatuagens, tendo uma coleção de cerca de 2.000 tatuagens retiradas de cadáveres. Masaichi era médico e se interessou pelas tatuagens, quando soube que a tinta injetada na pele, curava lesões cutâneas causadas pela sífilis. Ele e seu filho eram conhecidos no Japão como “Irezumi Hakase“, que significa Dr. Tattoo.

São mais de 3.000 fotos e registros com todos os detalhes dos proprietários das peles tatuadas, mas infelizmente, muito de seu acervo se perdeu em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, com os bombardeios que destruíram os edifícios da Universidade de Tóquio. Algumas foram salvas, porque estavam guardadas num abrigo antibombas nos anos 40, mas anos depois, uma viagem aos Estados Unidos, um caminhão com grande parte de seu acervo salvo da guerra e usados em exposições pelo mundo, desapareceu em Chicago e nunca mais se ouviu falar das peles tatuadas.

Posteriormente, sua coleção passou para seu filho Katsunari Fukushi, que também era médico e um apaixonado por tatuagens, tanto muitas em seu corpo. Atualmente essa coleção se encontra no Museu de Patologia da Universidade de Tóquio, com cerca de 105 exemplares e muitas de corpo inteiro. Não estão expostas ao público, apenas para médicos e pesquisadores que requisitam conhece-las. Está não é a única coleção de tatuagens do mundo. O Museu de Cirurgia de Edinburg tem uma coleção de tatuagens de marinheiros do século 19. O Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses de Portugal em Lisboa tem setenta exemplares. Já a maior coleção de peles humanas tatuadas está na Wellcome Collection no Museu da Ciência de Londres que tem mais de 300 fragmentos de tatuagens individuais.

Curiosamente, ele nunca teve interesse em tatuar seu próprio corpo, mas isso não o impediu de entrar em contato com pessoas no final do século 19 que tinham tatuagens em seus corpos. Ao mesmo tempo, ele se interessou pela “irezumi“, a arte japonesa da tatuagem, e acabou realizando várias autópsias, onde eram extraídas as peles tatuadas de pessoas presas. O médico tinha uma boa relação com seus futuros pacientes, que concordaram que suas peles tatuadas fossem extraídas após a morte e há relatos, que Masaichi em muitos casos, pagou muitas das tatuagens que foram extraídas depois. (Fonte - MagnusMundi)


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