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Restaurada, Casa Veiga será um novo centro cultural de Curitiba

27/05/2022


O imóvel fica ao lado da Capela de Nossa Senhora da Glória, no Alto da Glória



A Casa Veiga, na Avenida João Gualberto, no Alto da Glória, agora é patrimônio municipal e vai se transformar em um centro cultural.


A informação foi dada pelo prefeito Rafael Greca durante a formalização da doação do imóvel feita pelo casal Acir e Juçara Gulin, nesta quinta-feira (26/5), em uma reunião em seu gabinete.


“Vamos preservar parte importante da história de Curitiba e a família doadora deixa seu legado e seu nome escrito como benfeitora”, disse o prefeito.


A Unidade de Interesse de Preservação fica ao lado da Capela de Nossa Senhora da Glória, também restaurada pelo município.


O imóvel vai passar pelo processo de restauração, com projeto feito pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). Trata-se de uma das casas do ervateiro Bernardo Augusto da Veiga, que eram separadas pela capela. A primeira foi demolida ainda na década de 1970 e hoje há um edifício construído no local.


A casa a ser restaurada foi concluída em 1896, em estilo eclético. Tem janelas em arco pleno, decoradas com falsas pedras e gateiras (frestas para entrada de luz) no porão alto. A casa funcionou como residência e escritório de engenho de erva-mate da família Veiga.


História


O advogado mineiro Bernardo Augusto da Veiga transferiu-se para Curitiba e ergueu sua casa ao lado do terreno onde Maria Dolores Leão construiu uma capela em lembrança ao seu falecido esposo, a Capela Nossa Senhora da Glória. Os dois se casaram em maio de 1897 nesta mesma capela e tiveram três filhos, Gabriel (1898), Dolores (1900) e Agostinho (1902).


Bernardo foi diretor do Museu Paranaense, no lugar de seu sogro, o desembargador Agostinho Ermelino de Leão, e proprietário do Diário da Tarde. Seu filho Agostinho formou-se em agronomia e odontologia e foi diretor da Escola Agronômica. Fotógrafo e dono de excelente memória, também legou à história de Curitiba imagens e narrativas do cotidiano da cidade. Jogador amador de futebol, ele ainda fundou, em 1924, com o cunhado, Ivo Leão, o Clube Atlético.


Presenças


Acompanharam a reunião o advogado João Casillo; a presidente da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), Ana Cristina de Castro; a procuradora-geral do município, Vanessa Volpi; a superintendente de Administração da Secretaria da Administração, Gestão de Pessoal e Tecnologia da Informação, Alessandra Paluski; o diretor do Departamento de Gestão do Patrimônio Público da secretaria, Giancarlo Smaniotto; o diretor de Patrimônio Cultural da FCC, Gabriel Paris; e o assessor de articulação política, Lucas Navarro.


Foto: Daniel Castellano

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