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Professores encerram greve de fome após oito dias

27/11/2020


Categoria protesta contra ações do governo para a Educação



Depois de 8 dias em jejum total, a greve de fome de Educadores que estão acampados em frente ao Palácio Iguaçu foi encerrada nesta quinta-feira (26). A ação foi finalizada após uma assembleia da categoria, que definiu mais mobilizações contra os ataques do governo Ratinho.


De acordo com o Sindicato, a greve foi encerrada para garantir a saúde dos grevistas, que já estavam 174 horas sem qualquer tipo de alimentação. Outro fator foi o avanço da Pandemia do novo Coronavírus que tem gerado preocupação em todos, com aumento do número de casos e mortes na capital paranaense. A orientação dos médicos voluntários que acompanharam os educadores em greve foi de que a fragilidade imposta pela falta de alimentação poderia deixá-los ainda mais vulneráveis ao vírus.


Segundo o secretário de Comunicação da APP-Sindicato, Luiz Fernando Rodrigues, a APP-Sindicato continuará mobilizada, denunciando os ataques do governador Ratinho Jr. e o secretário da Educação, o empresário Renato Feder e cobrando que as pautas da categoria sejam atendida.


“A greve de fome se deu pelo descaso e insensibilidade do governador Ratinho. Desempregar milhares de pessoas e colocar outras milhares em risco em plena pandemia são provas de que o governo do Paraná não se preocupa com a vida do povo paranaense. Por isso vamos intensificar a luta e desmascarar esse governo que se esconde como rato do debate com a categoria. Saímos mais fortes e mais dispostos a enfrentar e denunciar os abusos do governador e do comerciante que ocupa a secretaria de educação”, destaca Luiz.


Entre as principais pautas estão a revogação do edital 47, o qual institui prova para o Processo Seletivo Simplificado (PSS), respeitando a saúde e o emprego dos(as) milhares(as) de profissionais PSS’s. Junto com a revogação do edital e da prova, a categoria reivindica a renovação dos contratos de professores(as) e funcionários(as) de escola atualmente contratados(as) de forma temporária pelo processo seletivo simplificado, o pagamento do salário mínimo regional e de promoções e progressões, concurso público para suprir o déficit de educadores(as), além da manutenção das turmas de ensino noturno nas escolas incluídas no processo de migração para o modelo cívico-militar.


Luta intensa


A APP-Sindicato, junto com Educadores iniciaram mobilizações em todo o estado no começo de novembro, quando o governador Ratinho Jr. e Renato Feder anunciaram a militarização de 216 escolas no Paraná e a realização de uma prova para PSS.


Em resposta a falta de diálogo com a categoria, que não foi consultada sobre esses projetos nefastos, trabalhadores(as) da educação organizaram atos em frente ao Ministério Público do Paraná (MP-PR) e o Sindicato se manteve mobilizando em frente ao Palácio Iguaçu para exigir uma reunião com o governo.


Graças a mobilização, no dia 17, representantes do governo se reuniram com a APP-Sindicato para discutir as pautas da categoria. A resposta da gestão desagradou a categoria, que montou acampamento em frente ao Palácio Iguaçu. Já no dia 18, educadores ocuparam a Assembleia Legislativa do Paraná para exigir mediação no debate com Ratinho Jr.


Após a desocupação, que foi realizada no dia 19, Educadores iniciaram uma greve de fome para denunciar a falta de diálogo e respeito do governador. A greve reuniu 49 educadores que se mantiveram em jejum até dia 26 de novembro, contabilizando 8 dias e mais de 170 horas sem comer. Milhares de pessoas em todo o Paraná se uniram nas últimas 24 horas em jejum e se somaram à mobilização.

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