Portal Fauna Silvestre de Curitiba lança projetos Olha o Mico e Capivarômetro
- admjornale
- há 1 dia
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22/05/2025

O Departamento de Pesquisa e Conservação da Fauna da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e a Superintendência de Tecnologia da Informação da Secretaria Municipal de Administração e Tecnologia da Informação desenvolveram o portal Fauna Silvestre de Curitiba, baseado nos princípios da Ciência Cidadã, que conta com a participação pública na coleta de dados para a pesquisa científica. Com o portal, é possível obter orientações e informações sobre espécies silvestres e contribuir para o conhecimento e monitoramento desses animais na cidade.
No Dia Internacional da Biodiversidade, celebrado nesta quinta-feira (22/5), o portal lança dois projetos participativos envolvendo o mapeamento de espécies: Olha o Mico! e Capivarômetro.
“O envolvimento ativo da sociedade em questões técnicas, científicas e de gestão é de grande importância. Muitas vezes a pessoa acha que não tem como contribuir, mas há casos que somente com a participação da população é possível ter os resultados esperados”, ressalta André Lima, biólogo do Museu de História Natural Capão da Imbuia e um dos desenvolvedores do portal.
Olha o mico!
O projeto Olha o mico! tem como objetivo inicial o mapeamento das espécies de macacos em Curitiba. Após essa etapa, o Departamento de Pesquisa e Conservação de Fauna, da SMMA, poderá estabelecer estratégias de manejo e monitoramento adequadas à realidade de cada espécie, visando o bem-estar da fauna e da população.
Em Curitiba, as espécies de primatas incluem o macaco-prego e os micos, também conhecidos como saguis, e o bugio-ruivo, ameaçado de extinção, com raros registros atuais na cidade Já os saguis são espécies exóticas (originais de outra região) e em aparente expansão populacional.
Capivarômetro
Outro projeto lançado no Dia Internacional da Biodiversidade é o Capivarômetro de Curitiba, voltado ao monitoramento das capivaras na cidade. Atualmente, cerca de 350 indivíduos da espécie são acompanhados de forma periódica.
Na primeira fase do projeto, o objetivo é registrar todas as áreas onde há presença de capivaras em Curitiba, indo além das regiões já conhecidas, para mapear com precisão a distribuição da espécie. A segunda fase prevê a estimativa do tamanho das populações, analisando sua dinâmica ao longo do tempo — se estão aumentando ou diminuindo. Com esses dados, será possível desenvolver estratégias eficazes para o manejo e a conservação da espécie em longo prazo.
Funcionalidades do portal
Entre as principais funcionalidades do site estão possibilidade de o cidadão comunicar caso encontre um animal silvestre em risco, com orientações sobre como proceder, além da consulta a um catálogo de espécies encontradas na cidade e participação em projetos de pesquisas técnico-científicas. Para André Lima, existe grande interesse do público por informações sobre animais silvestres.
“A origem do portal veio com base no conceito de permitir que a população participe ativamente de projetos relacionados à fauna silvestre. São congregados três serviços com funcionalidades diferentes, mas todas relacionadas à fauna”, comenta.
Identificação por IA
O portal conta com Inteligência Artificial (IA) que auxilia na identificação de animais silvestres, fator importante para determinar qual procedimento o cidadão deve adotar caso encontre algum. Ao encaminhar uma foto ou preencher um formulário de informações, a IA irá identificar o animal, direcionando ao procedimento mais adequado, o que pode, conforme a situação, incluir desde contatar um órgão público responsável ou simplesmente deixar o animal seguir o seu curso natural.
“Muitas vezes a pessoa encontra algum animal em situação de risco na rua ou até mesmo dentro de casa e não sabe o que fazer. A IA serve para auxiliá-lo”, explica Herick Dal Gobbo, assessor de Tecnologia da Secretaria Municipal de Administração e Tecnologia da Informação e desenvolvedor da IA do portal Fauna Silvestre de Curitiba.
Você pode acessar o Portal Fauna Silvestre de Curitiba a partir deste link.
Foto: Cesar Brustolin/SECOM (arquivo)
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