Petróleo fecha em queda pressionado por aumento inesperado dos estoques nos EUA
- admjornale
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14/05/2025
Os contratos futuros de petróleo fecharam esta quarta-feira, 14, em baixa, encerrando uma sequência de quatro sessões consecutivas de valorização da commodity, à medida que os traders provavelmente realizaram lucros em meio a um aumento inesperado dos estoques de petróleo nos Estados Unidos.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para junho caiu 0,82% (US$ 0,52), fechando a US$ 63,15 barril. O Brent para julho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 0,81% (US$ 0,54), para US$ 66,09 o barril
O sentimento do mercado piorou após o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos EUA mostrar um aumento de 3,454 milhões de barris nos estoques de petróleo bruto do país. Analistas consultados pelo The Wall Street Journal previam queda de 1,8 milhão de barris.
Nesta quarta-feira, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduziu sua previsão para o crescimento da produção de países de fora da Opep+ em 2025, de 900 mil para 800 mil barris diários, citando expectativas mais fracas para produtores como os EUA.
Ainda no relatório, a Opep informa que a produção da Opep+ diminuiu 106 mil bpd em abril ante março, para uma média de 40,92 milhões de bpd, de acordo com fontes secundárias.
Os mercados de petróleo tiveram um desempenho inferior ao dos mercados de ações – que aparentemente estão deixando de lado as preocupações comerciais -, em parte porque enfrentam uma preocupação adicional com os aumentos de oferta da Opep e aliados, afirma em nota Callum Macpherson, da Investec. “Qualquer deterioração nas perspectivas do mercado sobre as discussões comerciais pode desafiar o recente rali”, acrescenta.
O Goldman Sachs ainda espera “um impacto significativo” das tarifas sobre o crescimento e a demanda global por petróleo, embora os recentes acordos dos EUA para reduzir tarifas acrescentem um risco de alta de US$ 3 a US$ 4 por barril em suas previsões para os preços do WTI e do Brent.
Estadão Conteúdo