Paraná discute ações para tornar as cidades mais inteligentes e humanas por meio da CT&I
- admjornale
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15/07/2025

Especialistas de diversas áreas e regiões do Paraná participaram nesta terça-feira (15), em Curitiba, do evento que intensificou os debates sobre desafios e soluções para tornar as cidades mais inteligentes e humanas por meio da ciência, tecnologia e inovação. Organizado pela Fundação Araucária e realizado no Campus da Indústria, o World Café promove a conexão de pessoas que já trabalham com a temática para, a partir de um diagnóstico, organizar as principais iniciativas e avançar nas prioridades nesse sentido.
Cidades Inteligentes é uma das áreas prioritárias do Governo do Estado e, segundo o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa, embora existam muitas iniciativas importantes há a necessidade de uma sistematização destes e de novos projetos.
“Percebemos que faltava uma governança, uma organização mais sistêmica especificamente a esse tema. O objetivo dessa conversa foi entender o que já tem sido feito e dar mais sistematização a tudo isso. Com os instrumentos que nós, como governo, podemos oferecer nessa sistematização”, explicou Spinosa. “Um trabalho que envolve governo, empresas, terceiro setor e academia, que são as nossas universidades”, disse o diretor.
Entre as principais características para que uma cidade seja considerada humana e inteligente está o comprometimento com o desenvolvimento urbano e a transformação digital sustentáveis, em seus aspectos econômicos, ambiental e sociocultural. A cidade deve atuar de forma planejada, inovadora, inclusiva e em rede, promovendo o letramento digital, a governança e a gestão colaborativas. Também utilizar tecnologias para solucionar problemas concretos, criar oportunidades, oferecer serviços com eficiência, reduzir desigualdades, aumentar a resiliência e melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas.
NOVA GOVERNANÇA – O diretor de Desenvolvimento e Integração da Secretaria de Estado das Cidades, Marcos Junior Marini, destacou o evento como oportunidade de conectar diferentes segmentos para a construção de uma governança em cidades inteligentes em âmbito estadual.
“Temos, enquanto Governo do Estado, a preocupação com o desenvolvimento urbano, sempre pensando em tecnologias, em condições para tornar a cidade mais humana, mais inteligente e também mais sustentável. Atualmente, o movimento principal passa por duas palavras: conexão e governança”, disse Marini. “Esse é um momento importante de conectarmos esses diferentes segmentos, dentro de um processo de governança que possibilite a implementação de ferramentas para cidades inteligentes e sustentáveis.”
Entre os temas do debate esteve a necessidade de maior aproximação da academia, por meio das universidades, diante da importância da ciência e tecnologia para atingir melhores resultados. “A pesquisa tem muito a agregar e nós temos um ativo muito importante no Paraná, que são as sete universidades estaduais, tem o sistema federal, institutos federais e também o sistema de universidades privadas, que é o caso da PUC Paraná”, destacou a pró-reitora de Pós-graduação e Inovação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Paula Cristina Trevilatto. “A academia trabalha com a pesquisa profunda. As demandas surgem, precisamos entendê-las e trabalharmos de maneira colaborativa nas soluções”, disse Paula.
Coordenadora de Tecnologia e Inovação do Instituto Senai de Inovação – Londrina e membro da Governança de Londrina, Silvana Mali Kumura observou que o Paraná é um celeiro de cidades inteligentes. “Eu entendo que eventos como esses são primordiais para que a gente possa avançar nessa conexão dos nossos propósitos de pesquisa”, afirmou.
INICIATIVAS – O evento contou com painéis sobre iniciativas de governanças municipais de cidades inteligentes e rodadas sobre tecnologias habilitadoras e problemas urbanos prioritários; modelos de governança e o papel dos atores; propostas para estratégias e instrumentos de fomento, além da visão de futuro de como será uma cidade inteligente e humana em 2035.
Vera Antunes, presidente da Associação Comercial Industrial de Londrina, ressaltou nas discussões a importância de encontrar alternativas para cidades mais inteligentes, inclusivas e com cidadãos mais felizes. “Quando pensamos em cidades inteligentes, pensamos em cidades sustentáveis, onde as pessoas têm mais mobilidade, mais acesso à saúde, à educação de qualidade.”
Beto Marcelino, presidente do Conselho do Grupo iCities – Smart Cities Solutions, manifestou interesse em que o grupo apresente o avanço dos debates realizados nesta terça-feira (15) no próximo Smart City Expo Curitiba, que acontece em março de 2026.
“O Paraná já é destaque, levando em consideração as cidades que têm seus rankings. Curitiba, Londrina, Foz do Iguaçu têm destaque e vêm criando políticas públicas a favor de uma melhoria da qualidade de vida das pessoas. Esse grupo que está sendo criado neste encontro vai estimular mais ainda os gestores públicos, principalmente os prefeitos e secretários que têm o poder de alterar e até de criar políticas públicas essenciais para cidades inteligentes.”
Foto: Divulgação