Neta suspeita de desviar R$ 200 mil do avô e culpar Lula nega crime
- JORNALE
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28/05/2025
Mulher, que tem 35 anos, alega que idoso de 87 anos colaborava voluntariamente e emprestava valores

A mulher de 35 anos suspeita de desviar cerca de R$ 200 mil de contas bancárias do próprio avô, de 87 anos, nega ter cometido o crime, mas afirma que vai ressarcir o idoso.
A informação foi repassada pelo advogado que atua na defesa dela, que alega que o avô colaborava voluntariamente. Em entrevista e à polícia, o idoso afirmou que foi roubado.
"Os fatos não se deram como relatado pela autoridade policial. A suposta vítima era avô da acusada e colaborava voluntariamente para sua manutenção. Ademais, os valores são inferiores aos indicados no inquérito. Mas, mesmo não tendo ocorrido qualquer fraude, a acusada pretende ressarcir ao avô pelos valores emprestados", afirma o advogado Fernando Madureira.
Questionado sobre qual o valor que a mulher pretende devolver ao idoso, o advogado disse que o montante ainda vai ser apurado, e reforçou que "o avô pagava as contas dela para ajudar, porque ela era a única que cuidava dele".
O caso foi registrado em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, e a suspeita não teve o nome divulgado.
De acordo com o delegado Gabriel Munhoz, responsável pela investigação, os valores desviados eram provenientes da aposentadoria mensal que o idoso recebe e de um precatório (dívida paga após processo judicial).
"O inquérito revela que a suspeita entregava apenas parte do valor da aposentadoria ao idoso, alegando que o restante estava guardado. Quando questionada sobre o décimo terceiro salário pelo idoso, afirmava que 'o Lula tinha cortado', evidenciando seu dolo e desprezo pelo avô", afirma Munhoz.
De acordo com a investigação, a neta também realizava empréstimos e abria contas no nome do avô sem a autorização dele e chegou a criar uma personagem fictícia, se apresentando como funcionária da Caixa Econômica, para enganar o idoso. Saiba mais abaixo.
O advogado da mulher nega as alegações.
"A indiciada não criou nome fictício e nem se passou por funcionária de instituição financeira. Ainda, a mesma não tinha procuração do avô; ele ia junto com ela ao banco e tinha pleno conhecimento dos valores retirados de sua conta", afirma Fernando Madureira.
A suspeita foi indiciada por estelionato, agravado pelo crime ser cometido contra idoso. Ela também responde pelo crime ter sido cometido de forma continuada, uma vez que, segundo o delegado, os golpes foram aplicados ao longo de vários anos.
Para o crime, o Código Penal prevê pena de até 10 anos de prisão.
Depois de depor, a mulher foi liberada e vai responder ao processo em liberdade.
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