Guarda Municipal de Araucária liberta mulher mantida em cárcere privado no Fazenda Velha
- admjornale
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17/07/2025

A Guarda Municipal de Araucária (GMA) resgatou, na última quarta-feira (16), uma mulher que alega ter sido mantida em cárcere privado pelo companheiro por cerca de três meses, no bairro Fazenda Velha. O caso chegou ao conhecimento da equipe por meio de uma denúncia recebida pelo telefone 153, feita por uma terceira pessoa, que teria sido alertada pela própria vítima.
A equipe da GMA se deslocou imediatamente até o endereço indicado e constatou o flagrante. O homem se recusou a abrir a porta e se trancou dentro da residência, o que exigiu a entrada à força para efetuar a prisão. Durante a abordagem, a mulher relatou sofrer agressões diárias. “Hoje ele me pegou pelo pescoço e apertou até eu quase desmaiar”, relatou.
A vítima apresentava lesões visíveis no pescoço e nos braços e foi encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para avaliação médica. O agressor também passou por avaliação médica e, em seguida, foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil para os procedimentos legais cabíveis.
Denuncie a violência domésticaA Guarda Municipal reforça que é fundamental denunciar qualquer indício de violência doméstica. “Tem aquele ditado que diz que em briga de marido e mulher não se mete a colher, mas quando existe violência, é necessário sim intervir e pedir ajuda. E é importante lembrar que violência não é apenas a física. A Lei Maria da Penha reconhece vários tipos: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial”, explica o guarda municipal Matiak.
Para flagrantes de violência, a população pode acionar a Guarda Municipal por meio do telefone 153, que funciona 24 horas por dia.
Atendimento especializadoO município também conta com o Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM), que oferece acolhimento humanizado e atendimento psicossocial. O serviço busca orientar, apoiar e realizar encaminhamentos necessários para mulheres em situação de violência, sempre respeitando a decisão e o ritmo de cada mulher assistida, mesmo que seja apenas para ela tirar dúvidas e não esteja preparada para formalizar uma denúncia.
A forma de violência mais recorrente atendida pelo CRAM é a psicológica, caracterizada por ameaças, humilhações, manipulação, isolamento social e controle excessivo por parte do agressor.
O contato com o CRAM pode ser feito pelo WhatsApp (41) 9927-3897 ou telefone fixo (41) 3614-1507 – canal disponível para dúvidas, orientações e agendamentos.
Foto: Divulgação