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Casal escolhe o Centro de Curitiba para morar com os filhos e ter mais qualidade de vida

  • admjornale
  • há 2 horas
  • 7 min de leitura

28/07/2025



Imagine morar no prédio dos sonhos e, melhor ainda, no bairro escolhido para viver com a família. Para o casal Annie Libert, 41 anos, e Eduardo Bastos, 48 anos, esses dois desejos se transformaram em realidade há quase dois anos. Ao lado dos filhos, Theo, 11 anos, e Olivia, 10 anos, eles moram desde o fim de 2023 em um dos prédios residenciais mais emblemáticos do Centro, o edifício Provedor André de Barros, com vista total da Praça Osório e estrategicamente localizado na esquina da Rua Comendador Araújo e Travessa Jesuíno Marcondes.


“Nós não trocamos o Centro por nenhum outro bairro de Curitiba. A gente faz tudo a pé, em família, do colégio à feira, do cinema à natação, da aula de piano ao restaurante favorito das crianças. Se precisarmos também levar um colega da escola do Theo ou da Olivia, que são nossos vizinhos, a carona não é de carro, é literalmente de passos”, conta Annie.


E se depender da gestão do prefeito Eduardo Pimentel, nos próximos quatro anos o casal e os filhos terão ainda mais motivos para aproveitar o bairro com as ações do Curitiba de Volta ao Centro.


Bairro completo


Annie é uma entusiasta do Centro pela ampla oferta de serviços públicos de educação, esporte, lazer e cultura. Fotógrafa de estúdio, ela montou seu ateliê em casa e, com isso, consegue acompanhar os filhos a todas as atividades a pé – e é assim que ela gosta de se locomover, com ocasionais saídas de ônibus ou transporte por aplicativo se for para ir a outros bairros.


“A Olivia está no 5º ano na Escola Municipal Batel, a quatro quadras de casa. Ela ainda faz natação na Praça Oswaldo Cruz, estuda aula de piano no Conservatório de MPB e frequenta atividades artísticas no Centro Juvenil de Artes Plásticas, tudo no Centro. Já o Theo está no 6º ano do ensino integral no Instituto de Educação do Paraná, que literalmente está a 5 minutos caminhando de casa”, conta ela.


A decisão do casal de se mudar para o Centro foi amadurecendo, a partir de 2019, quando Olívia e Theo ainda eram pequenos e o bairro passou a ser o destino da família para as atividades culturais e de lazer nos fins de semana.


“A gente trazia as crianças para participarem do Lazer na XV, aos sábados, ou do Brincando de Ler na Biblioteca Pública do Paraná, sem contar a Feira do Largo da Ordem, o Cine Passeio e o Teatro da Caixa, que também continuam sendo programas frequentes nossos”, recorda Eduardo, que atua como gerente de projetos.


E foi nestas idas e vindas entre o Bondinho da Rua XV e o Centro Histórico, as feiras de artesanato e livres e os cinemas e teatros da região que o casal começou a cruzar com o edifício Provedor André de Barros, se encantar pelas linhas modernistas do prédio e passar a avaliar a possibilidade de morar no bairro.


“Muitas pessoas acham o Centro inseguro e hostil, principalmente para crianças. Nós não achamos. Nos sentimos bem aqui. É um prazer isso de poder se misturar com todo mundo’, garante Annie.


Contato humano


De acordo com Eduardo, após a mudança para o Centro, a família passou a viver, realmente, em uma escala mais humana, em contato mais próximo com as pessoas. “Só aqui nós passamos a saber o nome do vendedor da banca em frente de casa e da senhora da padaria”, observa ele.


Annie acrescenta que é no bairro que o morador vive mais a cidade e dá valor às suas belezas. “Você para e fica observando o contraste de arquiteturas, muitas vezes o antigo e o novo lado a lado. Mostramos isso para os nossos filhos. Nos bairros você não tem esta mesma sensação”, salienta a fotógrafa.


A família, que antes morava em um condomínio fechado no Umbará, também teve uma outra mudança na rotina ao se mudar para o coração de Curitiba: a casa passou a receber mais amigos e parentes. “Para nos visitarem, no Umbará, todos precisavam ser organizar, por conta da distância. Agora, é mais fácil para marcarmos um jantar com amigos ou um familiar dar uma passada aqui quando está pelo Centro”, explica Eduardo.


Além disso, com a vinda para o Centro, Annie, Eduardo, Olivia e Theo passaram a participar ainda mais da programação do Natal de Curitiba. “O bairro ganha outro clima no fim do ano, com as apresentações do Palácio Avenida, a feirinha na praça e a roda-gigante, vista da janela de casa entre as árvores da Osório”, lembra Annie, que espera acompanhar ainda mais a programação de 2025. 


Bairro completo


No começo de 2023, a família estava dividida entre construir uma nova casa em um outro condomínio fechado no Pilarzinho ou fechar o negócio do apartamento no edifício Provedor André de Barros.


Pesou para a escolha da segunda opção, além das escolas dos filhos estarem no máximo a 10 minutos a pé, outras comodidades a menos de 1 km da nova casa como os dois supermercados (neste momento, ambos em renovação), uma feira livre às sextas-feiras praticamente em frente ao prédio, o Sacolão da Família da Matriz, restaurantes, lojas, padarias e um “jardim” de área total de 12.700 m² com espaços de lazer e mais de 40 espécies de árvores e outras plantas, como palmeiras, cássias e guapuruvus.


“Não é todo mundo que tem a Praça Osório como vista das janelas de casa. Somos privilegiados de ter, literalmente atravessando a rua, este espaço verde público com parquinho e quadra poliesportiva”, acrescenta Annie.


Referência arquitetônica


Projetado pelo arquiteto Elgson Ribeiro Gomes (1922-2014), um dos mais importantes nomes da área na história de Curitiba e ícone do modernismo, o edifício Provedor André de Barros é daquelas construções, como tantas outras no Centro, que merecem ser apreciadas por alguns minutos.


Com uma imponente fachada e 20 andares, o prédio ocupa um antigo terreno da Santa Casa e foi inaugurado em 1972, mesmo ano da transformação da Rua XV em calçadão de pedestres.


Como em outros projetos na capital, Elgson Ribeiro Gomes utilizou venezianas nas janelas do prédio para controlar a entrada de iluminação e para criar “movimento” na fachada com a variação de aberturas. Também chamam a atenção na parte externa do edifício Provedor André de Barros os elementos vazados, presentes tanto no andar do estacionamento, acima da entrada e área comercial, como no topo da construção.


Por conta da sua importância arquitetônica, o prédio Provedor André de Barros integra o Inventário da Arquitetura Moderna de Curitiba, projeto que busca criar um acervo digital e detalhado para preservar e divulgar o patrimônio modernista curitibano, possibilitando estudos futuros e a valorização desse importante período da arquitetura local.


Perfil


Annie Libert, com 41 anos, e Eduardo Bastos, com 48 anos, integram os 20% dos moradores do Centro de Curitiba com idade entre 40 e 59 anos. Olivia e Theo, de 10 e 11 anos, respectivamente, representam os 10% dos moradores com idade abaixo dos 19 anos morando no bairro.  Os outros 70% se dividem: 50% entre 20 e 39 anos e 20% acima dos 60 anos.


Família dá sugestões de 5 programas no Centro de Curitiba


Um dos espaços de esporte e lazer de Curitiba mais frequentados pela população, o Centro de Esporte e Lazer (CEL) Dirceu Graeser, na Praça Oswaldo Cruz, também é o preferido da família de Annie e Eduardo. Olívia faz aula de natação na piscina coberta e aquecida e todos também usam o equipamento, em fins de semana, durante o Viva o Sábado. O complexo, revitalizado em 2024, ainda reúne academia de musculação, quadra poliesportiva coberta, pista de atletismo, quadra poliesportiva externa, canchas de padel e de beach tennis, academia ao ar livre, pista de caminhada, play pet e parquinho infantil.


Considerado um dos 20 cinemas mais legais do mundo pela revista Exibidor (2020), principal publicação do segmento no Brasil, o Cine Passeio (Rua Riachuelo, 410) resgatou o conceito dos cinemas de rua em Curitiba, com a sua inauguração em 2019. Theo e Olivia sempre pedem para os pais para irem a sessões no local. Em cartaz, além de lançamentos de filmes nacionais e internacionais a preços populares, uma programação gratuita durante todo o ano, inclusive para o público infantil. O complexo conta com duas salas que homenageiam antigos cinemas de Curitiba: os cines Luz e Ritz, com capacidade para 90 espectadores (cada). O complexo também possui um espaço multiuso com 110 lugares (Estúdio Valêncio Xavier), o Passeio On Demand (para exibição de streamings) e uma charmosa cafeteria. No terraço fica uma área para exibições a céu aberto e um espaço coberto para eventos. 


Inaugurado em 2004, o complexo Caixa Cultural Curitiba (Rua Conselheiro Laurindo, 280) traz uma programação de espetáculos a preços populares em seu teatro com capacidade para 125 espectadores. Annie, Eduardo, Theo e Olivia sempre acompanham a programação do centro cultural. Além do Teatro da Caixa, o espaço conta com uma galeria de exposições temporárias no mezanino e, durante as férias, uma programação especial de oficinas que ocorrem pela manhã ou à tarde para crianças, jovens e adultos. Entre as atividades ofertadas para toda a família, através do Programa Educativo Caixa Gente Arteira, estão oficinas circenses, de tapeçaria, de música, de máscaras de teatro e de pintura.


Programa obrigatório aos domingos da família de Annie e Eduardo, a tradicional Feira do Largo da Ordem reúne, no Centro Histórico, das 9h às 14 h, 900 barracas de artesãos, onde é possível garimpar itens feitos a mão, entre tapeçarias, bijuterias, brinquedos, chapéus, bordados, utensílios de cozinha, roupas, cerâmicas e pinturas, além de peças de coleção como selos e moedas. Depois de percorrer a feira, que se espalha pelo calçadão e ruas próximas, não deixe de aproveitar outras atrações, como o Memorial de Curitiba, a Igreja da Ordem, o Museu de Arte Sacra, a Casa Romário Martins (a construção mais antiga da capital), a Igreja do Rosário, o Relógio das Flores e a Fonte da Memória (mais conhecida como Cavalo Babão). A região ainda oferece uma variedade de restaurantes e barzinhos. 


Localizado na Galeria Osório, o restaurante Everest Inn (Praça Osório, 333, loja 27) é o preferido dos filhos do casal Annie e Eduardo no Centro. Do cardápio nepalês e indiano, os favoritos de Olivia e Theo são o Chicken Masala (foto), com cubos de frango cozido, especiarias e coco fresco, ou o Malai Chicken, com frango cozido, molho de cream cheese e especiarias indianas, sempre acompanhados de arroz, samosa (bolinho recheado de vegetais), salada e o tradicional pão “puri”. O Everest Inn só abre para almoço, de segunda a sábado, mas os proprietários Indra Jit Gurung e Min Funari Gurung decidiram inaugurar uma nova casa no ano passado, o Everest Mo:Mo House (Alameda Dr. Carlos de Carvalho, 846, loja 2), que abre para jantar, de segunda a sábado.


Foto: Divulgação

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