Agosto Dourado: Prefeitura de Curitiba apoia as mães com dificuldades para amamentar

admjornale
há 1 dia
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31/07/2025

No Agosto Dourado, mês de incentivo ao aleitamento materno, a Prefeitura de Curitiba destaca um cuidado que faz parte da rotina nas unidades de saúde da cidade: o apoio contínuo às mães que amamentam. Todos os dias, profissionais capacitados oferecem orientação individualizada para auxiliar no processo da amamentação, esclarecendo dúvidas e ajudando a resolver dificuldades comuns, como “pega” (forma como o bebê posiciona a boca na aréola) incorreta, fissuras mamárias e produção de leite. Esse atendimento também pode ser acessado pela Central Saúde Já, pelo telefone 3350 9000.

Esse incentivo diário ao aleitamento está alinhado com a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que orienta o aleitamento exclusivo até os 6 meses de idade e, de forma complementar, até os 2 anos ou mais. “O leite materno é completo, fortalece o sistema imunológico, reduz riscos de doenças respiratórias e gastrointestinais, além de estreitar o vínculo entre mãe e filho”, destaca a secretária municipal da Saúde, Tatiane Filipak.

A enfermeira Karin Godarth, da Rede Mãe Curitibana Vale a Vida, reforça que orientação e apoio são fundamentais para a consolidação da amamentação, principalmente no início do processo.

“Amamentar, embora seja um ato natural, não é tão instintivo como parece. Exige paciência, cuidado, apoio e informação correta com orientação de algumas técnicas, em relação à posição, à ‘pega’ correta, principalmente nos primeiros dias do bebê”, explica Karin.

A Prefeitura de Curitiba investe constantemente em políticas públicas, como o Rede Mãe Curitibana Vale a Vida, que apoiam as famílias desde a gestação, fortalecendo a saúde infantil e o vínculo familiar. “Neste Agosto Dourado, a cidade reforça: amamentar é um ato de amor, saúde e cuidado, e você não precisa fazer isso sozinha. A Prefeitura de Curitiba cuida de você em todos os momentos”, afirma.

Apoio em Curitiba

Orientações para amamentação estão disponíveis na Carteira de Gestante e na Carteira da Criança do SUS Curitibano. Além disso, mães que enfrentam dificuldades para amamentar podem procurar as unidades básicas de saúde, onde profissionais capacitados oferecem apoio individualizado.

Desde 2023, a Central Saúde Já Curitiba também oferece teleatendimento para orientação sobre amamentação. Basta ligar pelo telefone 3350-9000, de segunda a sexta-feira (inclusive feriados), das 7h às 22h; e sábados e domingos, das 8h às 20h.

Corrigindo a posição

A cirurgiã-dentista Luciana Aparecida de Oliveira Pereira, de 47 anos, buscou o teleatendimento da Central Saúde para receber orientações sobre amamentação.

“A enfermeira Thamires me ensinou, por telefone, a forma correta de me posicionar e posicionar meu filho Lucas na hora de amamentar. Essa orientação e os vídeos a que eu assisti, me ajudaram a corrigir o problema e hoje ele mama sem dificuldade nenhuma”, conta Luciana.

“É ótimo contar com esse serviço, pois não seria possível contratar uma consultora particular de amamentação neste momento”, avalia Luciana, que teve o pré-natal acompanhado pela rede particular, mas realizou alguns procedimentos e exames via SUS, pela Rede Mãe Curitibana Vale a Vida.

Dicas para facilitar a amamentação

Com base na experiência dos profissionais da rede de saúde de Curitiba, veja algumas dicas que podem ajudar as mães durante a amamentação:

Durante a apojadura, conhecida como descida do leite, que ocorre nos primeiros dias após o parto, as mamas ficam bem cheias. Esgotar um pouco deste leite pode trazer alívio para a mãe e facilitar a mamada para o bebê, pois a mama ficará mais macia e a aréola mais fácil de realizar a “pega” correta. Isso evita também que as mamas fiquem “empedradas”.
Escolha um lugar tranquilo e arejado para o período de amamentação. Também é preciso uma cadeira ou poltrona confortável e um apoio firme para os pés. Uma posição correta evitará dores e até mesmo lesões durante o aleitamento materno;
Na hora de mamar, a mãe deve manter a barriga junto à do bebê, para facilitar a coordenação da respiração, da sucção e da deglutição. O pescoço do bebê deve estar alinhado e a cabeça da criança mais elevada que o corpo;
O encaixe da boca do bebê no peito da mãe precisa pegar o máximo da aréola e não só o mamilo. A boca do bebê deve estar bem aberta, o lábio inferior fica virado para fora, a aréola fica visível acima da boca do bebê e o queixo toca na mama. O nariz da criança precisa estar livre, sem encostar no seio da mãe. Uma pega adequada permite o completo esvaziamento da mama, aumento da produção do leite e evita o aparecimento de fissuras e outros problemas;
Outra dica importante para conseguir a pega correta, é que a mãe apoie a mama na boca do bebê fazendo um “c” com a mão. Não é indicado apoiar a mama com os dedos “em tesoura”, pois pode dificultar o fluxo do leite.
Atenção para os sinais que são indicativos de técnica inadequada de amamentação: bochechas do bebê encovadas a cada sucção; ruídos da língua; mama aparentando estar esticada ou deformada durante a mamada; mamilos com estrias vermelhas ou áreas esbranquiçadas ou achatadas quando o bebê solta a mama; dor na amamentação.
Quando a mama está muito cheia, a aréola pode estar tensa, endurecida, dificultando a pega. Em tais casos, recomenda-se, antes da mamada, retirar manualmente um pouco de leite da aréola ingurgitada;
As mamadas devem ser de livre demanda, ou seja, sem restrição de horário ou duração. Os bebês não têm horário para mamar. Eles costumam mamar muitas vezes, de dia e de noite, principalmente nos primeiros meses;
É importante esvaziar a mama antes de oferecer a outra. Na próxima mamada, deve-se iniciar pela mama que não foi oferecida. É muito importante que o bebê esvazie bem a mama, porque o leite do fim da mamada tem mais gordura e, por isso, mata a fome do bebê e faz com que ele ganhe mais peso;
Não ofertar chá, água ou outros leites, pois podem causar o desmame precoce;
Evite bicos artificiais no início. Chupetas e mamadeiras podem atrapalhar o aprendizado da sucção.
É comum o bebê engolir ar enquanto mama. Por isso, quando ele terminar de mamar, é importante segurá-lo junto ao colo, em posição vertical, para que ele não tenha desconforto.
O leite materno tem o sabor e o cheiro dos alimentos que a mãe come. Por isto, a criança que mama no peito aceita melhor os alimentos que serão introduzidos após os 6 meses.
A cor do leite pode variar, mas ele nunca é fraco. O leite materno é sempre adequado para o desenvolvimento do bebê. Nos primeiros dias, a produção de leite é pequena e este leite chamado de colostro tem alto valor nutritivo e é suficiente para atender às necessidades do bebê.
É importante a mãe cuidar-se bem, evitar bebidas alcoólicas e cigarro.
Os remédios que a mãe toma podem passar para o leite; por isso ela só se deve tomar medicamentos com orientação médica.
Durante o período de amamentação é possível utilizar métodos para evitar a gravidez. Para isso, a mulher deve buscar atendimento na Unidade de Saúde.
Se houver dor, procure ajuda. Dor persistente não é normal e pode indicar problemas na pega. Caso a mãe tenha dificuldade para amamentar, ela poderá buscar ajuda de profissionais nas Unidades de Saúde ou da Central Saúde Já Curitiba, pelo telefone 3350-9000;
É indicado, ainda, às mães que amamentam se alimentar de forma saudável e procurar se hidratar bem. Durante a fase de amamentação, nenhum alimento é proibido, nem especialmente recomendado. Receber apoio emocional e ajuda da família também colabora bastante para o sucesso da amamentação.
Não é indicado usar pomadas, cremes hidratantes ou outros produtos na aréola ou mamilo. Também não é indicado esfregar os mamilos com uma esponja ou toalha e nem extrair leite com as mãos ou uma bomba durante a gestação.
Tenha paciência e confiança. Amamentar é um aprendizado para mãe e bebê.

Atendimento acessível

Para buscar orientação:

Presencial: Procure a unidade de saúde mais próxima. Os profissionais estão preparados para acolher dúvidas e oferecer suporte.
Remoto: A Central Saúde Já Curitiba também oferece orientação sobre amamentação. Basta ligar pelo telefone 3350-9000, de segunda a sexta-feira (inclusive feriados), das 7h às 22h; e sábados e domingos, das 8h às 20h.

Foto: Hully Paiva/SECOM (arquivo)