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ONG inaugura painel de cultura no centro de Curitiba

Obra feita com azulejos revitaliza áreas degradadas da capital



A ACGB/Vida Urbana, ONG ligada ao setor de condomínios, inaugura nesta sexta-feira (6), às 10 da manhã, painel de cultura destinado a revitalizar e dar cara nova a setores degradados do centro histórico de Curitiba. Este é o primeiro de dez painéis que devem ser instalados na cidade ao longo dos próximos meses. O projeto conta com o apoio da prefeitura de Curitiba.


Feito de azulejos, o painel de cultura será instalado na parede de um prédio comercial na esquina das ruas Trajano Reis com 13 de Maio, no bairro São Francisco. Na semana passada, funcionários da ONG concluíram as obras de preparação da parede e de fixação dos azulejos. Finalizada, a obra tem seis metros de largura por dois de altura e traz uma poesia de amor à cidade emoldurada pela imagem de uma gralha-azul – ave símbolo do Paraná. O painel foi coberto com adesivos para garantir a proteção do material e a secagem do cimento até a data da inauguração.


Em setembro, durante reunião da ONG com o prefeito Rafael Greca na sede do IPPUC (Instituto de Pesquisa e Urbano de Curitiba), foi firmado termo de cooperação para viabilização e autorização legal da fixação dos painéis de azulejo.


Legislação municipal prevê que a instalação de placas e semelhantes em áreas externas de prédios urbanos, residenciais ou comerciais, deve ser submetida ao Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Curitiba (CPMC).


De acordo com Deisi Fonseca, coordenadora da ACGB/Vida Urbana, a inauguração do primeiro painel de cultura faz parte de um projeto que deve ganhar maior dimensão em 2020. A ONG trabalha na recuperação de calçadas, jardins e na despichação do centro de Curitiba. “Não se trata apenas de agir contra pichadores, até porque conjugamos outras tarefas, o que queremos é valorizar o espaço de circulação das pessoas, devolver a elas o que a cidade oferece de bom”, afirma.


Os painéis, feitos de azulejos, são desenvolvidos segundo um roteiro pré-estabelecido. Primeiro é selecionada a poesia que deverá conter obrigatoriamente abordagem clara e de fácil entendimento por pessoas de formação e cultura distintas. As pinturas, da mesma forma, retratam de alguma maneira símbolos de conhecimento comum.


Escolhido o poema e a imagem, tem início a fabricação do painel. De acordo com Deisi, são utilizados três tipos de azulejo de diferentes tamanhos pintados com tinta de porcelana. A fase seguinte compreende o processo de queima em forno de cerâmica que pode levar até 4 horas a uma temperatura de 700 graus.


Todo o trabalho é gratuito. A sede da ONG, no bairro Rebouças, disponibiliza todo o material necessário, o que inclui, no caso dos painéis de cultura, azulejos de cerâmica e o forno de alta temperatura.

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