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Vacinação contra aftosa é suspensa no Paraná

Doença está considerada erradicada no estado



O Ministério da Agricultura autorizou, nesta terça-feira (15), a suspensão da vacinação da febre aftosa no Paraná a partir de novembro. Com a medida, o Paraná se junta a Santa Catarina como os únicos estados do país em que não há vacinação dos rebanhos bovinos contra a doença.


O Brasil não registra um caso de febre aftosa desde 2006. Em 2017, o governo federal publicou um plano de metas para suspender a vacinação em todos os estados até 2026. A previsão inicial do plano era que o Paraná suspendesse a vacinação apenas em 2021, mas com a adoção de algumas medidas, o estado conseguiu antecipar o calendário.


Entre estas medidas estão a contratação de veterinários e a instalação de postos na divisa com outros estados para o controle no tráfego de animais. Segundo o ministério, a partir de janeiro de 2020 será proibido o ingresso no estado de animais que tenham sido vacinados.


Segundo o calendário, o Brasil deve pleitear em setembro de 2020 o reconhecimento do estado como área livre de aftosa sem vacinação para que, em maio de 2021, a suspensão seja reconhecida internacionalmente pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).


"O principal impacto disso é atingir mercados mais exigentes", afirmou a ministra da Agricultura, Tereza Cristina.


De acordo com o ministério, há cerca de 9,5 milhões de cabeças de gado no Paraná. Com a suspensão da vacinação, os custos de produção de carne bovina no estado devem cair cerca de R$ 20 milhões ao ano.


Segundo o Governo do Paraná, o estado é responsável por cerca de 25% das exportações de carnes do Brasil. "Nós teremos condições de acessar mercados que hoje ainda não consomem a proteína produzida no Paraná por causa da vacina", afirmou o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.


A estimativa do governo do estado é que as exportações subam de 107 mil toneladas ao ano para 200 mil toneladas.

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