08/01/2025
Em entrevista coletiva, presidente eleito dos Estados Unidos disse que vai usar força econômica para atingir objetivos
A poucos dias de retornar à Casa Branca, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em uma entrevista coletiva que deseja tomar o Canal do Panamá e a Groenlândia. O republicano também declarou que pretende mudar o nome do Golfo do México e sugeriu a incorporação do Canadá aos EUA.
As declarações foram feitas em um resort de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, na terça-feira (7). Durante a coletiva, Trump afirmou que pretende usar a força econômica para atingir seus objetivos, como a aplicação de sanções ou o aumento de tarifas.
Atualmente, as áreas que Trump deseja impor controle americano são administradas da seguinte forma:
Canal do Panamá: é controlado totalmente pelo governo do Panamá desde 1999, mas já foi administrado pelos Estados Unidos. O canal foi construído no início do século 20, possibilitando o tráfego de navios entre os oceanos Atlântico e Pacífico.
Groenlândia: território com governo próprio, mas sob a Constituição da Dinamarca. A ilha está localizada no Atlântico Norte, entre a América do Norte e a Europa.
Canadá: país independente com governo próprio. A região já foi controlada pelo Reino Unido e faz fronteira com o norte dos Estados Unidos.
Golfo do México: área que banha os Estados Unidos, México e Cuba. Não existe um único país responsável pelas águas da região, cuja administração segue tratados internacionais.
No caso do Canal do Panamá e da Groenlândia, Trump afirmou que não descarta o uso de força militar para controlar as duas regiões. O presidente eleito justificou que ambas são importantes para a economia e a segurança dos Estados Unidos.
Já sobre o Canadá, Trump disse que os Estados Unidos gastam muito para proteger o país vizinho. Ele defendeu que uma espécie de fusão seria mais simples e ameaçou aplicar tarifas sobre produtos canadenses.
Em relação ao Golfo do México, o republicano declarou que vai mudar o nome da região para "Golfo da América". Ele não deixou claro qual seria o objetivo da medida, mas afirmou que os Estados Unidos fazem a "maior parte" do trabalho na região e, portanto, a área deveria pertencer ao país.
Após a coletiva, a Associated Press afirmou que Trump tem passado mais tempo se preocupando com uma "agenda imperialista" do que com os problemas internos dos Estados Unidos desde que foi eleito. Já a Reuters afirmou que o ideal "America First" (América em Primeiro), defendido pelo presidente, é expansionista.
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