29/04/2022
Levantamento mostra como o brasileiro tem se comportado após a liberação das máscaras
Em um momento em que diversos estados e cidades do Brasil já desobrigaram o uso de máscara em locais fechados, 53% da população dizem utilizar o equipamento nesses ambientes e outros 29% também ao ar livre. De acordo com nova pesquisa realizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), de 1º a 5 de abril, apenas 17% das pessoas deixaram de aderir à proteção facial.
A edição anterior da pesquisa, de novembro, apontava que 40% usavam máscara apenas em ambientes fechados, 55% também em locais abertos e 4% já haviam deixado o hábito de lado.
Ao todo, 2.015 pessoas com idade a partir de 16 anos foram entrevistadas presencialmente pelo Instituto FSB Pesquisa nos 26 estados e no Distrito Federal. A margem de erro no total da amostra é de dois pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%. A amostra foi controlada a partir de quotas de sexo, idade, região e escolaridade.
Entre os que responderam a pesquisa sobre comportamento durante a pandemia de Covid-19, mais da metade diz que só vai a certos lugares usando máscaras, como supermercados (73%), comércio de rua (64%), shoppings (61%), cinemas e teatros (52%) e restaurantes e bares (50%). Além disso, 70% afirmaram só viajar de avião ou ônibus com o equipamento, assim como 59% dos que trabalham presencialmente.
Quando perguntados sobre frequentar academias, 28% dizem que não iriam e 41% apenas com máscara. Sobre shows e eventos, são 29% e 43%, respectivamente.
O brasileiro tem mostrado, segundo o levantamento, uma retomada tímida à rotina pré-pandemia.
Nos últimos três meses, 18% das pessoas frequentaram cinemas e teatros, 21% academias, 22% shows e eventos e 45% shoppings. Além de 36% terem viajado de avião ou ônibus.
A ida a bares e restaurantes já se tornou mais corriqueira (58%), assim como comércio de rua (84%) e supermercado (95%). E 62% dos brasileiros já estão trabalhando presencialmente.
Comprovante de vacinação
A maioria dos brasileiros ainda é favorável à exigência do comprovante de vacinação para ver aulas presencialmente em escolas e faculdades. Enquanto 77% apoiam a cobrança, 17% são contra.
Além disso, 61% das pessoas que responderam à pesquisa no início de abril são a favor de apresentar o passaporte vacinal em qualquer tipo de estabelecimento, 31% são contra e 7% são nem a favor nem contra. No levantamento de novembro, os números eram 65%, 22% e 10%, respectivamente.
Muitos lugares ainda exigem a apresentação do comprovante de imunização. Nos últimos três meses, 27% dos brasileiros dizem que foram solicitados a mostrar seu passaporte vacinal, número maior do que na pesquisa de novembro, quando 18% responderam afirmativamente ao questionamento.
A fim de aumentar a população totalmente imunizada contra a Covid, a cidade de São Paulo, por exemplo, começou em fevereiro, na rede municipal de ensino, uma busca ativa de crianças que não tomaram a vacina. A imunização de crianças de 5 a 11 anos, porém, não é uma unanimidade entre os brasileiros, já que 16% se opõem à ideia e 4% são nem a favor nem contra.
Com os números de mortes diárias por Covid mais estáveis, diminuiu o temor de conviver com pessoas que não foram imunizadas, mostra ainda a pesquisa. Agora 12% têm medo muito grande e 19% têm medo grande. No levantamento de novembro, eram 14% e 27%, respectivamente.
Após a pesquisa, de acordo com os responsáveis, foi aplicado um fator de ponderação para corrigir eventuais distorções em relação ao plano amostral. Devido ao arredondamento, a soma dos percentuais pode variar de 99% a 101%.
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